Rússia compara denúncias de interferência em eleição de Trump a “novela sem fim”

Michael Klimentyev / Sputnik / Kremlin Pool

O Presidente russo, Vladimir Putin com Donald Trump na cúpula do G20, no último fim de semana na Alemanha

O Presidente russo, Vladimir Putin com Donald Trump na cúpula do G20, no último fim de semana na Alemanha

O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, comparou nesta quarta-feira (12) as notícias sobre denúncias de que a Rússia teria interferido na eleição de Donald Trump a uma “novela sem fim, capaz de competir com as séries de maior sucesso exibidas nos Estados Unidos”.

“Não é necessário que nos metam nessa trama. Nós não temos participação nisso“, disse Peskov quando perguntado, mais de uma vez, sobre a polêmica reunião do primogênito de Trump com a advogada russa Natalia Veselnitskaya, que ocorreu em junho do ano passado na Trump Tower, em Nova York.

O porta-voz insistiu que o Kremlin “não sabe nada sobre esta história” e não tem contato com a advogada com que Trump Jr. se reuniu para, segundo ele mesmo admitiu, obter informações incriminatórias sobre Hillary Clinton, a principal rival eleitoral de Donald Trump nas eleições à presidência dos Estados Unidos, informou a EFE.

“Maior caça às bruxas da história”

O presidente Donald Trump insiste em dizer que não sabia das conversas entre o filho, o empresário Donald Trump Jr, e a advogada russa para trocar informações e prejudicar a campanha de Hillary Clinton. Nesta quarta, no Twitter, ele também defendeu o filho ao dizer que “ele é inocente e que esta é a maior caça às bruxas da história”.

Nos Estados Unidos, o assunto é o mais comentado desde domingo (9) quando o jornal The New York Times publicou a reportagem sobre o encontro entre Trump Jr e a advogada, que, segundo a matéria, teria ligações com o governo da Rússia.

Do mesmo modo que Trump, Moscou negou novamente qualquer interferência na campanha dele para prejudicar a campanha da democrata Hillary Clinton.

Trump Jr divulgou e-mails trocados em sua conta no Twitter. O fundador da Wikileaks, Julian Assange, postou no Twitter que havia entrado em contato com Trump Jr para que ele publicasse os correios eletrônicos no site. Duas horas depois, segundo Assange, os e-mails foram publicados na própria página de Trump Jr.

Os correios eletrônicos divulgados são a evidência mais concreta até agora de que a interferência da Rússia na campanha eleitoral teria sido não só aprovada como ativamente procurada pelo círculo mais íntimo do presidente Trump.

Na noite desta terça-feira (11), Trump Jr deu uma entrevista à rede de TV Fox News. Na entrevista, Trump Jr disse que não forneceu nenhuma informação comprometedora à advogada Natalia Veselnitskaya. Ela também negou que tenha ligações diretas com o governo russo, como sugeriu a reportagem.

Após a divulgação dos correios eletrônicos, aparecem outros nomes como o do publicitário e editor britânico, Rob Goldstone, que teria arranjado o encontro entre a advogada e Trump Jr.

Do mesmo modo, o milionário russo Aras Agalarov citado nos e-mails porque estaria disposto a fazer revelações sobre Hillary Clinton a Trump Jr, disse em uma entrevista a rádio russa que as afirmações são “invenções”. Ele disse que não tinha informações comprometedoras sobre a candidata democrata.

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