O ex-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) e da Agência de Segurança Nacional (NSA), Michael Hayden, afirmou que o atual presidente dos EUA é visto pelos russos como um “idiota útil”.
Em entrevista ao jornal alemão Bild am Sonntag, Michael Hayden criticou fortemente a atuação de Donald Trump, especialmente na sua relação com a Rússia.
O ex-diretor da CIA e da NSA diz que, “em novembro, dias antes das eleições, já se perguntava sobre a estranha simpatia entre Donald Trump e Vladimir Putin”.
O general acredita que o Kremlin vê o chefe de Estado norte-americano como um “idiota útil”.
O jornal informa que “idiota útil” era o termo utilizado pelos russos, nos tempos da ainda União Soviética, para descrever pessoas simpatizantes do ideal comunista nos países ocidentais e que supostamente eram utilizadas em benefício próprio do regime.
Hayden afirmou ainda ao diário alemão que, desde que a nova administração se instalou na Casa Branca, “é profundamente frustrante constatar que o termo ainda continua a ser uma definição acertada relativamente a Trump“.
O ex-diretor da CIA, de 72 anos, diz que os serviços de inteligência norte-americanos acreditam ser bastante provável que a Rússia interferiu na campanha presidencial e alertou ainda a Alemanha para ter cuidado, durante as próximas eleições para o Bundestag, exatamente pelos mesmos motivos.
Esta semana, Trump compartilhou informação altamente secreta sobre o Estado Islâmico com os dirigentes russos em reunião na Casa Branca. Em causa está informação relacionada com a possibilidade de os extremistas utilizarem computadores portáteis para realizarem algum tipo de ataque terrorista em voos comerciais.
O presidente confirmou pelo Twitter a revelação, afirmando que, como presidente, tem todo o direito de o fazer e explicando que só o fez porque quer que os russos “intensifiquem a luta contra o ISIS e o terrorismo”.
Na mesma reunião, Trump teria dito aos dirigentes russos que despedir o diretor do FBI tinha tirado “uma enorme pressão de cima dele” e que o ex-diretor era “maluco”. É importante citar que James Comey investigava a eventual interferência do Kremlin nas eleições e na campanha do republicano.
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