A estudante Bruna Andressa Borges, de 19 anos, se suicidou e transmitiu ao vivo o ato na tarde desta quarta-feira (26) na Vila Militar, no bairro Bosque, em Rio Branco. O vídeo foi transmitido através do Instagram para 286 seguidores. Antes de se enforcar, Bruna também postou mensagens no Facebook em que se dizia machucada.
Ela cursava o 3º período de Ciências Sociais na Universidade Federal do Acre (Ufac). “Já fui abandonada e julgada pela pessoa que achei que seria minha melhor amiga, a pessoa que amei me humilhou e riu da minha cara, me chamou de ridícula. Talvez eu seja, mas não pretendo continuar perguntando para saber”, disse em uma postagem horas antes de se matar.
Bruna continua a postagem dizendo ainda que “a pior arma que o mundo criou foi o próprio ser humano”. Além disso, lamentava ter existido e pedia desculpas aos amigos.
“Eu quero viver, mas quero ser livre e feliz, porém, parece que não dá pra ser feliz tendo que agradar a todos e a si mesmo. Peço desculpas aos poucos que me restaram e que tanto me aconselharam, simplesmente não consigo”, finaliza.
Logo em seguida, ainda no Facebook, ela postou: “Já viram alguém morrer ao vivo?”. Nos comentários amigos e familiares pedem que Bruna atenda as chamadas. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 16h16, mas foi direcionado para o endereço errado.
“A princípio, os amigos ligaram para que nós pudéssemos contê-la, mas passaram o endereço errado, que era onde ela morava antes de ter se mudado para a vila. E nesse local, ninguém sabia informar onde ela estava morando agora. Infelizmente, não chegamos a tempo de conter devido a esse desencontro”, explica o major do Corpo de Bombeiros, Cláudio Falcão.
A reportagem conseguiu entrar em contato com uma tia da menina, Maria Trindade, que mora em Belém, de onde a família era antes de ser transferida para Rio Branco. Ela confirmou que ficou sabendo da notícia através de amigos da família.
“Eles moravam aí porque os pais dela são militares e ela havia passado na faculdade e ficaram morando em Rio Branco. Era uma menina feliz, tinha liberdade, era muito forte. Não dá para acreditar que ela fez isso. Não sei por que ela fez isso”, disse a tia entre lágrimas.
Os pais da adolescente foram registrar o ocorrido na Delegacia de Flagrantes (Defla), mas não estavam em condições de falar.
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