A China anunciou nesta quinta-feira (28) o encerramento das empresas norte-coreanas com presença no país, e das empresas mistas (com capital chinês e norte-coreano) num prazo de 120 dias, na sequência da última ronda de sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.
O Ministério de Comércio anunciou a decisão, cujo objetivo é pressionar Pyongyang a cancelar seus programas de armas nucleares e mísseis, através de comunicado em seu site. A nota do ministério chinês acrescenta que as empresas sem grande lucros ficam isentas desta medida, tal como os projetos de infraestruturas.
Além das companhias em solo chinês, também serão encerradas as empresas com capital chinês e norte-coreano estabelecidas no exterior, informou o comunicado ministerial.
As autoridades chinesas justificaram a decisão de acordo com a resolução Nº 2375 das Nações Unidas, adotada por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU no dia 12 de setembro.
No âmbito desta resolução, a China já tinha anunciado há uma semana a restrição do fornecimento de petróleo ao país vizinho, bem como a proibição geral das importações de têxteis norte-coreanos, com o objetivo de pressionar o regime de Kim Jong-un.
A República Popular da China é o principal parceiro comercial da Coreia do Norte e, tradicionalmente, seu principal aliado político, mas nos últimos meses o país aceitou a aprovação de duras sanções contra Pyongyang por parte do Conselho de Segurança.
De Pequim, as autoridades continuam a falar da necessidade de prosseguir com o diálogo para baixar as tensões na região e insistem que o uso da força militar não deve ser uma opção.
Os Estados Unidos e outros protagonistas da comunidade internacional continuam pedindo à China que aumente sua pressão sobre o regime de Pyongyang, tanto diplomática como econômica.
EFE // ZAP