No último dia 28 de novembro completou um ano do terrível acidente com o avião da Chapecoense, que vitimou 71 pessoas, com seis sobreviventes. O time viajava para a decisão da Sul-Americana daquele ano, que por fim, como tributo, acabou recebendo o título da competição. A final contra o Atlético Nacional, da Colômbia, nunca aconteceu – e é inevitável imaginar como seria.
Para eternizar não só o jogo (e o gol do título) que nunca aconteceu, assim como os atletas que estavam no avião, a Chapecoense juntou-se ao artista plástico Paulo Consentino e às tintas Coral para preparar uma sensível homenagem.
O projeto “Gol eterno” representou, através de um imenso mural nas paredes do estádio Arena Condé, em Chapecó (SC), justamente o gol que poderia ter acontecido na final da competição.
Retratando os 11 jogadores titulares do time, os reservas e, ao fundo, a bola no fundo das redes, o mural foi pintado por Consentino à frente de uma equipe com outros 5 profissionais. Foram necessários 17 dias para concluir a pintura de cerca de 500 metros quadrados.
Para completar essa comovente homenagem, o projeto contou com uma participação realmente especial. O jornalista Rafael Henzel foi convidado para narrar esse gol tão imaginado pelos torcedores, voltando no tempo e alterando a rota dos fatos por um instante, com um fundamental e emocional agravante: Henzel é um dos seis sobreviventes do voo.
No painel, foi pintado um QR Code que permite que os torcedores ouçam a narração – que agora oficializa o que já era eterno nos corações e nas lágrimas de todos.
// Hypeness