Se o atual momento enfrentado pelo planeta pode provocar incerteza, medo, apreensão e angústia, ele também pode ser um momento pleno em sentimentos de gratidão e agradecimento a tantas pessoas, lutando nos empregos essenciais, nos laboratórios e nas ajudas humanitárias para tornar a pandemia e seus efeitos em algo menos grave e terrível do que pode ser.
E o efeito pode ser direto: segundo pesquisa realizada em 2013, há uma forte conexão entre a expressão de nossa gratidão e o crescimento de sentimentos positivos como felicidade, otimismo e alegria em quem os expressa.
O estudo foi conduzido pelos psicólogos Robert Emmons e Robin Stern, que definem “gratidão” como o exercício de apreciação de coisas boas na vida aliada ao reconhecimento de que essas coisas vêm de outras pessoas. Além dos sentimentos positivos, a pesquisa reconheceu um nível mais baixo de emoções negativas em tais pessoas, como estresse, depressão e vergonha. Segundo os psicólogos, o principio é o uso dessa gratidão como uma espécie de lente, através da qual se pode ver a vida de outra forma.
A pesquisa tem o nome de “Gratidão como intervenção psicoterapeuta”, e sugere até mesmo um potencial de cura em tal sentimento.
“A prática da gratidão pode ser uma força catalizadora relacional curativa, muitas vezes inexplorada nas práticas clínicas”, diz a pesquisa.
Tanto esse quanto outros estudos sugerem que pensamentos de gratidão, aliados às terapias convencionais, podem ajudar em tratamentos diversos, levando a um aumento nas possibilidades de cura.
Trata-se, segundo o estudo, de uma espécie de “proteção psicológica”, que ajuda nosso corpo em processos complexos diversos.
Tais determinações, no entanto, não são claras nem tecnicamente mensuráveis o suficiente para se tornarem medidas científicas objetivas – mas, de todo modo, o sentido é claro, e ser grato é certamente um sentimento prazeroso que nos traz o bem.
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