Antes de se sacrificar na atmosfera de Saturno, a sonda Cassini nos presenteou com inúmeras imagens de cair o queixo do “Senhor dos Anéis” e suas luas.
As missões à Saturno são caras e demoradas, devido à grande distância que nos separa do planeta. Além disso, provavelmente, não teremos imagens inéditas do astro num futuro próximo.
Uma das fotografias capturadas pela Cassini, em especial, mostra a lua Enceladus iluminada pela luz do sol, com os anéis de Saturno como pano de fundo.
A fotografia foi tirada no dia 6 de novembro de 2011, a uma distância de aproximadamente 145 mil quilômetros de Enceladus, mas divulgada pela NASA apenas na última semana de 2017. A Cassini terminou sua missão no dia 15 de setembro de 2017.
Entretanto, é na nebulosidade logo abaixo de Enceladus que devemos focar nossa atenção. Essa parte iluminada logo abaixo da lua são gêiseres de água em estado líquido que estão refletindo a luz do sol, através do polo sul de Enceladus.
Isso significa que, por baixo do manto gelado do satélite, há água líquida que talvez esconda vida no interior da rocha.
Essa desconfiança aumenta com a hipótese de que movimentos de maré gerados pela ação gravitacional de Saturno possam causar calor na parte interna dos satélites. E tanto água quanto calor são dois elementos necessários para abrigar a vida da forma que a conhecemos.