O homem que, no ano passado, conduziu um caminhão roubado contra uma multidão em Estocolmo, matando cinco pessoas e ferindo outras 14, foi condenado a prisão perpétua por homicídio associado a terrorismo.
O uzbeque Rakmat Akilov, de 40 anos, tinha dito que queria punir a Suécia por ter se aliado à coligação contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
Em janeiro, ele foi acusado de homicídio relacionado com terrorismo e tentativa de homicídio pelo ataque em Estocolmo com um caminhão roubado, em 7 de abril de 2017.
As vítimas foram um homem britânico, uma mulher belga e três suecos, incluindo uma menina de 11 anos. O caminhão percorreu quase 600 metros da principal rua destinada a pedestres de Estocolmo, atropelando transeuntes até bater na fachada de grandes depósitos.
Durante o julgamento, Akilov, separado e com quatro filhos, disse ter recebido luz verde dos representantes do “califado islâmico” no Iraque e na Síria para realizar a operação suicida, mas o EI nunca reivindicou o atentado.
Akilov, que chegou à Suécia em 2014, tinha apresentado um pedido de asilo que as autoridades rejeitaram em junho. Depois de ignorar um requerimento para que se entregasse voluntariamente, a polícia emitiu em fevereiro uma ordem de busca e prisão.
O ataque chocou a Suécia, conhecida pela política aberta a imigrantes e refugiados. Em 2015, um recorde de 163 mil requerentes de asilo chegaram ao país – a taxa per capita mais elevada da Europa.
“É indiscutível sua simpatia pelo EI, como ele mesmo repetiu, e também se deduz pelo material encontrado em sua casa. Não há nenhuma dúvida de que a pena total deve ser prisão perpétua“, afirmou o presidente do tribunal, Ragnar Palmkvist, em coletiva de imprensa.