Depois do famoso “Palácio Celestial 1”, que reentrou na atmosfera terrestre em abril deste ano, parece que é a vez da colega Tiangong-2 começar a dar problemas.
Em abril deste ano – e depois de muitas notícias sobre o caso – a estação espacial chinesa Tiangong-1 voltou finalmente à Terra, tendo reentrado na atmosfera sobre o sudoeste da América do Sul e caído no sul do Oceano Pacífico.
No entanto, de acordo com o IFLScience, parece que existe outra “colega” em risco. A China tem uma segunda estação espacial, chamada Tiangong-2, que teria baixado sua órbita em cerca de 90 quilômetros (de 380 para 290 quilômetros).
De acordo com as informações do Comando Estratégico dos EUA, citadas pelo SpaceNews, esta poderia ser a prova de que a superpotência asiática está mesmo se preparando para trazê-la de volta à Terra.
Em declarações ao IFLScience, o astrofísico Jonathan McDowell, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, afirma que a China provavelmente tenta evitar o mesmo destino da Tiangong-1. O país teria baixado a órbita da estação no dia 13 de junho.
A Tiangong-1, ou “Palácio Celestial 1”, foi colocada em órbita em setembro de 2011 e estava programada para fazer uma entrada controlada na atmosfera. Porém, a estação espacial chinesa deixou de funcionar em março do mesmo ano, tendo gerado grande preocupação por uma eventual queda descontrolada.
Por sua vez, a Tiangong-2 foi lançada em setembro de 2016 com o objetivo de preparar o lançamento de uma estação maior, cujo primeiro módulo deverá ser lançado em 2020.
A China ainda não fez nenhum anúncio sobre a órbita desta estação espacial, por isso, ainda não é certo para quando o país pode estar planejando fazê-lo, ou por que exatamente, embora pareça ser uma tentativa de evitar a situação já ocorrida este ano.
“Em parte, a China não quer uma repetição da Tiangong-1”, explicou Phil Clark, do Journal of the British Interplanetary Society, à SpaceNews.
Segundo o IFLScience, a Tiangong-2 tem dimensões semelhantes, logo, se alguma vez reentrar na atmosfera terrestre, provavelmente não vai causar grandes danos. Além disso, sua órbita também é praticamente idêntica, por isso, mesmo que venha a estar descontrolada, é improvável que atinja uma área povoada.
Ciberia // ZAP