O rover Curiosity da NASA capturou uma foto de 360 graus da paisagem empoeirada de Marte ao seu redor no mês passado.
A agência espacial norte-americana postou um vídeo interativo da panorâmica, que possibilita aos usuários “passear” com o uso do mouse pela superfície do Planeta Vermelho. A NASA informou na quinta-feira (6) que a imagem foi capturada em 9 de agosto e enviada para a Terra a partir do ponto onde foi feita, na cordilheira Vera Rubin.
A cordilheira é rica em ferro e está situada em Aeolis Mons, um pico de mais de 5 mil metros de altura que o Curiosity explora desde 2014. O veículo, do tamanho de um carro utilitário, vem pesquisando o quarto planeta do Sistema Solar desde 2012. De fato, 6 de setembro foi seu 2.222º dia em Marte.
O cume foi batizado em homenagem a Vera Cooper Rubin, astrônoma norte-americana pioneira que forneceu uma das peças-chave da prova de existência de matéria escura: a discrepância entre o movimento angular previsto das galáxias e seu movimento observado.
Ao redor do Curiosity é possível ver rochas e poeira tingida de laranja avermelhado devido ao ferro oxidado, cor que dá ao planeta o seu apelido. No primeiro plano há uma rocha que o veículo havia recentemente perfurado para coletar amostras, observou a NASA em comunicado à imprensa na quinta-feira (6).
A agência espacial salientou que a imagem rara que o Curiosity capturou mostra uma fina camada de poeira no topo do rover, provavelmente resultante da tempestade de areia que aconteceu no planeta no início deste ano, obscurecendo o Sol suficiente para que, em meados de junho, o Opportunity ficasse sem bateria devido à falta de luz solar para seus painéis fotovoltaicos.
Os dois veículos têm explorado a hematita na cordilheira Vera Rubin, uma formação mineral curiosa de óxido de ferro que normalmente é gerada na presença de água, relatou o SpaceRef em 2017, quando o Curiosity chegou ao cume da cordilheira.
Os cientistas esperam que o estudo das rochas de hematita proporcione uma melhor compreensão da história de Marte, e permita saber se a água líquida fluiu o suficiente no planeta para ajudar a formar as rochas ou se elas foram geradas por algum outro processo.
Ciberia // Sputnik News / NASA