Um agricultor francês descobriu na sua fazenda um crânio de um antigo mastodonte dos Pirineus e manteve sua descoberta arqueológica em segredo durante dois anos.
O francês encontrou o crânio em 2014 perto da cidade de L’Isle-en-Dodon, a 70 quilômetros a sudoeste de Toulouse, na França, mas não divulgou a descoberta para impedir que paleontologistas amadores invadissem suas terras. Dois anos depois, o francês mudou de ideia e revelou o segredo ao Museu de História Natural de Toulouse.
O diretor do museu, Francis Duranthon, explicou que a espécie, o Gomphoterium pyrenaicum, era “um tipo de elefante com quatro presas de cerca de 80 centímetros, duas no maxilar superior e duas no maxilar inferior”, tendo existido há cerca de 11 ou 13 milhões de anos.
“Só quando fomos lá, em 2017, é que percebemos o significado da descoberta”, disse.
Durante muito tempo, considerou-se quase como uma lenda a possibilidade de que esse animal pré-histórico habitasse os Pireneus, já que não existiam provas claras. A única evidência da presença de mastodontes na região data de 1857, quando quatro dentes foram encontrados.
“Estamos dando uma cara a uma espécie que se tornou quase mítica“, disse o curador do museu, Pierre Dalous, à AFP.