O primeiro-ministro sueco foi destituído, nesta terça-feira (25), pelo Riksdag (Parlamento) depois da aprovação de uma moção de censura ao seu governo com 204 votos a favor e 142 contra.
A moção de censura apresentada pela oposição sueca foi aprovada com 204 votos a favor e 142 contra. O social-democrata Stefan Löfven e seu Executivo devem permanecer em funções até o Parlamento nomear um novo governo.
O Executivo de Löfven ficou enfraquecido depois das eleições parlamentares de 9 de setembro, nas quais não conseguiu maioria.
O Partido Social-Democrata (SD) do agora ex-primeiro-ministro venceu as eleições com 28,35%, seguido pelo Partido Moderado (conservador), com 19,8%, enquanto os Democratas da Suécia (extrema-direita) garantiram 17,6% dos votos.
O bloco dos sociais-democratas garantiu 144 lugares no Parlamento, a Aliança à direita 143 e os Democratas da Suécia conseguiram 62 lugares.
Em poucos meses, o governo teve que recuar nas políticas de acolhimento, com o primeiro-ministro admitindo que o país não conseguia lidar com o fluxo migratório. Em 2015, o país recebeu 163 mil requerentes de asilo, a maior taxa per capita da Europa.
Apesar do endurecimento das leis migratórias e do reforço dos controles fronteiriços, muitos suecos se sentiram abalados por um crescente sentimento de insegurança, um cenário fértil para a agenda anti-imigração do SD.
Segundo o Diário de Notícias, a coligação de centro-direita e a extrema-direita se uniram para destituir Löfven. “A Suécia precisa de um novo governo que busque apoio político amplo para as reformas”, disse o líder conservador Ulf Kristersson aos parlamentares antes do início da votação.
O presidente do Parlamento, o conservador Andreas Norlen, deve agora convidar os representantes dos partidos com assentos no Riksdag para consultas, com vista a formar rapidamente um novo Executivo.
Depois da aprovação da moção de censura, Löfven garantiu que pretende continuar trabalhando para formar um novo governo. “Vejo boas oportunidades para continuar a ser primeiro-ministro”, cita a BBC.
Ciberia, Lusa // ZAP