O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder mais carismático da história do Brasil, comemorou hoje seu primeiro aniversário na cadeia, onde ele está desde abril, e como presente solicitou, em bilhete divulgado nas redes sociais, votos para o Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições presidenciais.
Tanto em uma carta manuscrita enviada na sexta-feira por seus advogados como um vídeo postado neste sábado nas redes sociais, Lula da Silva, que completa 73 anos, pediu votos a Fernando Haddad.
“Caro povo brasileiro: 6 de outubro é meu aniversário oficial, espero ganhar o voto do povo brasileiro em Haddad para presidente em 7 de outubro. Haddad é Lula”, disse o ex-presidente na carta.
O ex-líder sindical e líder do PT nasceu na cidade de Garanhuns em 27 de Outubro, de 1945, mas seu registro de nascimento, que foi feito vários meses depois de seu pai, foi registrado incorretamente como data de nascimento em 6 de Outubro, pelo que Lula considera este dia como seu aniversário oficial.
Esta é, portanto, a primeira vez que ele passa essa data na prisão, desde que ele é mantido em uma cela da Polícia Federal da cidade de Curitiba, sul do país, desde 7 de abril, para expurgar uma sentença de 12 anos de prisão.
A pena foi imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).
Lula foi condenado em duas instâncias judiciais, em um processo em que foi acusado de ter recebido um apartamento de luxo na cidade do Guarujá da construtora OAS, em troca de favorecer contratos da empresa com a estatal petrolífera Petrobras.
Devido à Lei da Ficha Limpa, Lula foi impedido de continuar na disputa e apresentou como substituto, por meio de uma carta à Nação, o nome de Fernando Haddad, ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo que também é acusado de corrupção.
Lula da Silva reiterou que é vítima de injustiças e que foi impedido de disputar a eleição de outubro, mas realçou a importância da continuidade de seu projeto político com Haddad como candidato.
Ciberia // EFE