A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, confirmou nesta terça-feira (9) que deixará o cargo ao término deste ano e explicou que chegou o momento de “dar um passo para o lado”.
“É importante que os funcionários saibam quando é preciso dar um passo para o lado”, disse a diplomata em pronunciamento ao lado do presidente americano, Donald Trump, no Salão Oval da Casa Branca.
Haley elogiou a dureza com a qual o governante tratou a ONU em algumas ocasiões, o que, segundo ela, levou a organização a se tornar “mais forte e mais eficiente”.
De acordo com a diplomata, o tom duro da Casa Branca levou o país a ser “forte outra vez”, algo pelo qual “todos os americanos deveriam se sentir orgulhosos”.
A embaixadora citou como exemplo da firmeza do governo Trump a decisão de transferir a embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, uma medida criticada pela comunidade internacional. “Colocaremos nossas embaixadas onde quisermos colocá-las”, argumentou a diplomata, com tom provocativo.
Aos 46 anos, Haley atribuiu sua decisão de sair à grande “intensidade” profissional à qual se submeteu nos últimos oito anos, não apenas como embaixadora na ONU, posto ao qual chegou em janeiro de 2017, mas também como governadora da Carolina do Sul.
“Fui governadora durante seis anos e tivemos que lidar com um furacão, uma inundação, um tiroteio numa igreja e outro numa escola, e depois me incorporei (à ONU) e foram dois anos de Irã, Coreia do Norte. Foi um período intenso“, detalhou.
Haley se comprometeu a não deixar o cargo antes do fim do ano para garantir que “tudo estará em seu lugar” quando chegar a hora da substituição.
A respeito do futuro, a diplomata afirmou que ainda não sabe o que fará, mas disse que não pensa em se candidatar às eleições presidenciais de 2020.
Ciberia // EFE