Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) venceram a maior competição de games da América Latina. A equipe Geleia de FoG, de São Carlos, criou um jogo que ensina educação financeira em 48 horas.
Selecionada entre as dez melhores do país para participar da Brasil Game Jam, a equipe conquistou o primeiro lugar com um jogo de pesca para celular chamado Pescando Sonhos. O grupo de extensão vinculado ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, representou o The Fellowship of the Game (FoG).
A Brasil Game Jam terminou dia 14 em São Paulo e aconteceu durante a Brasil Game Show, uma feira que reúne as principais empresas do setor, em que são apresentadas as novidades do mercado de computadores, consoles, mobile, realidade virtual, jogos de carta e de tabuleiro.
Além Geleia do FoG, o ICMC também foi representando pela Vórtex Jelly, outra equipe classificada entre as dez melhores. Formada por Lui Franco, Oliver Becker e Willian Gonzaga, eles desenvolveram o jogo Hall of Streamers. No game, você deve virar um youtuber de sucesso.
“A ideia do nosso jogo é ser um streaming grande. O jogador começa com uma câmera e um microfone do notebook e precisa evoluir seu equipamento. A cada visualização, o jogador ganha uma quantidade de moedas e pode aplicar o dinheiro em cursos extras, como carisma e informática”, conta Lui Franco.
O jogo
O objetivo é que o jogador acumule R$ 200 para comprar o barco dos sonhos. Mas, para isso, ele deve controlar um anzol e pescar coisas no fundo do mar como peixes, algas e até baús de tesouros.
Cada um dos itens pescados rende dinheiro, que será usado na loja para comprar novas ferramentas, como mais anzóis ou linhas de pesca maiores, aprimorando a capacidade de pesca.
Além disso, é possível também que o jogador faça investimento em pérolas. Ou seja, ele compra uma ostra que fabrica pérolas dentro de si e, quanto mais tempo o jogador deixar a ostra no fundo do mar, maior será o tamanho da pérola e o seu retorno financeiro, simulando uma poupança.
De acordo com os desenvolvedores do jogo, ensinar a criança a tomar decisões de como deve gastar seu dinheiro pode fazê-la aprender a investir seus recursos e saber em que momento deve gastá-los. “A ideia é a criança jogar e aprender sobre educação financeira de forma natural”, explica Anayã Ferreira, uma das desenvolvedoras do jogo.
Mais dois estudantes fizeram parte da equipe: Rafael Gallo e Gabriel Simmel. Os três são estudantes do curso de Ciências de Computação do ICMC. “Não teria conseguido sem ajuda dos meus colegas de equipe e a experiência que tive no FoG”, conta Gabriel.
Vendas
Segundo o Banco do Brasil, patrocinador do evento, o investimento no game dependerá do feedback do público. “Nós temos a expectativa muito grande aqui. Pode ser que venha algo muito interessante e, consequentemente, o banco venha a investir, de fato”, comentou Delano Andrade, gerente executivo do banco em entrevista ao Epílogo.
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