Mark David Chapman, que assassinou John Lennon em 1980, disse a um conselho de condicional que se sente “mais e mais envergonhado” a cada ano que passa por ter assassinado o ex-Beatle.
“Há 30 anos, eu não senti vergonha, mas agora sei o que é“, disse o homem que matou o músico com 5 disparos.
Chapman expressou remorsos pelo crime na 10ª audiência em agosto na prisão de alta segurança de Wende, em Nova York, onde cumprie uma pena de prisão perpétua.
O homem, de 63 anos, disparou e matou John Lennon na noite de 8 de dezembro de 1980, horas depois de o músico lhe ter autografado um álbum. Chapman disse aos membros do conselho que ainda pensa sobre como Lennon foi “incrível” naquele dia.
Porém, isso não o impediu de assassinar o ex-Beatle. Como nas audiências anteriores da liberdade condicional, Chapman entrou em detalhes sobre o tiroteio e sobre seu arrependimento no ato “sem sentido”.
Chapman descreveu ainda o seu trabalho de limpeza da prisão, onde pinta e remove cera do chão. O criminoso alegou ser devoto à promoção do poder transformador de Jesus, de acordo com o The Guardian.
O assassino tornou-se elegível para liberdade condicional em 2000 e, desde então, fez dez pedidos, sendo todos negados pela justiça.
Na sua decisão, o conselho de liberdade condicional disse que libertar Chapman, não só “tenderia a reduzir a gravidade do crime”, mas também pôr em perigo a segurança pública porque alguém poderia tentar feri-lo por raiva, vingança ou para ganhar notoriedade. Chapman poder+a pedir liberdade condicional novamente em agosto de 2020.
Este ano, a esposa de Chapman, Gloria Hiroko Chapman, revelou que o seu marido lhe contou que iria assassinar o Beatle dois meses antes de cometer o crime.
John Lennon tinha 40 anos quando foi morto com 5 disparos de um revólver de calibre 38 e acabava de regressar à atividade musical após uma pausa para cuidar do filho nascido em 1975. O músico foi um dos fundadores dos Beatles. Formada em Liverpool, a banda britânica é um dos grupos musicais mais bem-sucedidos e aclamados em todo o mundo.
Ciberia // ZAP