Um novo método de análise geoquímica de planetas distantes sugere que os muitos exoplanetas semelhantes à Terra podem existir fora do Sistema Solar, de acordo com pesquisa.
Há um traço comum entre rochas de asteroides, ou fragmentos de planetas rochosos, que orbitam seis estrelas anãs brancas e rochas da Terra, segundo um estudo publicado nessa semana na revista Science.
“Eles são como a Terra e como Marte em termos de seu ferro oxidado. Estamos descobrindo que as rochas são rochas em todos os lugares, com geofísica e geoquímica muito semelhantes”, disse Alexandra Doyle, estudante de pós-graduação em geoquímica e astroquímica, e líder de um estudo para analisar a geoquímica de planetas fora do Sistema Solar da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
Os pesquisadores estudaram os seis elementos mais comuns na rocha: ferro, oxigênio, silício, magnésio, cálcio e alumínio. Como eles não têm acesso a amostras reais de asteroides, a equipe de pesquisa usou cálculos e fórmulas com ajuda de telescópios para chegar às suas conclusões.
“Observar uma anã branca é como fazer uma autópsia sobre o conteúdo do que ela engoliu em seu sistema solar”, disse Alexandra Doyle.
“Se rochas extraterrestres tiverem uma quantidade similar de oxidação como a Terra tem, então você pode concluir que o planeta tem tectônica de placas similar e potencial para campos magnéticos similar aos da Terra, que se acredita largamente serem ingredientes chave para a vida,” conclui o coautor Hilke Schlichting, professor associado de astrofísica e ciência planetária da Universidade da Califórnia.
“Este estudo é um salto adiante para se poder fazer estas inferências para corpos fora de nosso próprio sistema solar e indica que é muito provável que haja verdadeiros análogos da Terra.”
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