Os Estados Unidos bombardearam neste domingo (29) cinco bases da milícia islâmica Hezbollah no Iraque e na Síria.
O anúncio foi feito pelo Pentágono dois dias depois da morte de um civil americano em um ataque contra uma base militar no norte do Iraque. Ao menos 15 pessoas morreram.
O porta-voz do Pentágono, Jonathan Hoffman, disse em comunicado que os bombardeios, em resposta aos repetidos ataques do Kataeb Hezbollah (KH) contra bases iraquianas que acolhem forças da operação Resolução Inerente (contra o grupo jihadista Estado Islâmico), “debilitaram a capacidade do KH para perpetrar ataque contra as forças da coalizão”.
Três das instalações bombardeadas se encontram no Iraque e as outras duas, na Síria, de acordo com Hoffman. Entre os alvos, lugares de armazenamento de armas ou bases do KB, uma das facções pró-iranianas de Hashd al Shaabi, uma coalizão paramilitar de milícias maioritariamente xiitas.
O porta-voz acusou o movimento pró-iraniano de lançar na sexta-feira (27) mais de 30 mísseis contra a base militar iraquiana de Kirkuk, matando um civil americano e ferindo quatro militares dos Estados Unidos e dois do Iraque.
Os Estados Unidos prometeram uma resposta firme diante da multiplicação de ataques contra suas bases no Iraque.
Hoffman lembrou que o Hezbollah no Iraque “tem vínculos estreitos” com a força de elite Quds do Irã e exigiu de Teerã e seus aliados, que “parem os ataques contra as forças americanas e da coalizão internacional (anti-jihadista) e respeitem a soberania do Iraque, para evitar qualquer ação defensiva adicional dos Estados Unidos.”
O porta-voz disse que a coalizão está no Iraque convidada pelo governo do país para garantir a derrota do Estado Islâmico e proporcionar conselhos e assistência ao Exército iraquiano. Hoffman afirmou que os Estados Unidos e a coalizão respeitam a soberania do Iraque, mas que não renunciarão e exercer seu direito de autodefesa.
// RFI