Em almoço com empresários no Copacabana Palace, o prefeito eleito Marcelo Crivella (PRB) revelou alguns de seus desejos. E incluiu medidas heterodoxas, como indenização a turistas que forem assaltados na cidade e transformação dos pardais em câmeras de segurança, para auxiliar no combate à criminalidade.
“Se os turistas declararem o celular na chegada ao aeroporto e forem roubados, vamos indenizá-los. Não vamos aceitar, de maneira nenhuma, que nas áreas turísticas tenhamos violência ou qualquer outro tipo de problema”, garantiu Marcelo Crivella, que, mesmo sem esclarecer como seria paga a indenização, arrancou aplausos dos empresários.
Com relação à fiscalização eletrônica, ele disse que “os pardais traiçoeiros que ficam multando a gente” poderiam ter as câmeras apontadas para as calçadas. Ele também reiterou que vai usar a Guarda Municipal no policiamento comunitário, com armas não letais.
Marcelo Crivella manifestou também a intenção de assumir os restaurantes populares, que foram fechados pelo estado. “A não ser que as contingências financeira-econômicas nos impeçam. O Rio está com 250 mil desempregados, e temos que pensar nessas pessoas”, afirmou.
Sempre defendendo a parceria com o setor privado, o prefeito eleito do Rio salientou que “o turismo é a maior riqueza da nossa terra” e prometeu desburocratizar os processos de licenciamento, descrito pelos empresários como “muito confuso”.
Os empresários gostaram do primeiro contato com o prefeito eleito.
“Crivella mostrou que ainda está numa fase preliminar de planejamento, mas valeu muito pelos setores que incomodam os empresários, como a burocratização e o que vai ser feito com a segurança”, destacou a organizadora do encontro, Andréia Repsold, presidente do Grupo de Líderes Empresariais (LIDE-Rio).
O prefeito eleito também gostou. “Esse encontro é fundamental para gente começar a estabelecer relacionamento de transparência e de enfrentarmos controvérsias”. Crivella revelou que já tem “no coração” os nomes que vão compor seu secretariado, mas que pretende, antes de fazer qualquer anúncio, “mostrar para eles o cenário”.
Entretanto, adiantou que pretende reduzir a máquina. “Não é possível um governo perdulário, que não corte o número de secretarias e cargos, depois cobrar sacrifícios dos fornecedores e da classe empresarial”, discursou.
// Agência BR