Os dias na Terra estão se tornando mais longos, mas impercetivelmente, porque vão ser precisos 6,7 milhões de anos para aumentarem um minuto, revela um novo estudo.
A longo prazo, o planeta azul tende a desacelerar, devido à atração gravitacional da Lua e do Sol, responsável pelas marés. A Terra é também sensível aos movimentos atmosféricos, às variações das calotes glaciares e aos sismos.
Ao longo dos últimos 27 séculos, a média diária de tempo aumentou cerca de 1,8 milésimos de segundo (ms) por século, “muito menos” do que os 2,3 ms por século estimados anteriormente, segundo uma equipe de pesquisadores britânicos.
“É um processo muito lento”, disse Leslie Morrison, astrônomo reformado do Observatório Real Greenwich e coautor do estudo.
Leslie Morrison especificou que as estimativas “são aproximadas, porque as forças geofísicas que operam sobre a rotação da Terra não são necessariamente constantes durante o tempo”.
Para o novo estudo, publicado esta quarta-feira na Proceedings of the Royal Society A, os pesquisadores usaram teorias gravitacionais sobre o movimento da Terra em redor do Sol e da Lua em redor da Terra, para calcular o tempo dos eclipses da Lua e do Sol ao longo do tempo, vistos do nosso planeta.
Depois de calcularem de onde na Terra tinham sido visíveis os eclipses, os pesquisadores compararam seus cálculos com as observações de eclipses registadas pelos antigos babilônios, chineses, gregos, árabes e europeus medievais, no período entre 720 a.C. e 2015.
A lenta desaceleração da órbita da Terra é a razão pela qual os cronometristas do mundo têm de ajustar os relógios de alta precisão a cada poucos anos para garantirem que permanecem em sincronia com a rotação do nosso planeta.
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