O “boom” nas vendas de drones de consumo gerou um movimento contrário a esta tecnologia por parte de uma série de startups – cujo objetivo é tirar do ar veículos aéreos não tripulados que estejam voando onde não deveriam.
O mercado de drones de consumo deve alcançar US$ 5 bilhões até 2021, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Tractica.
Dezenas de firmas iniciantes estão desenvolvendo técnicas – desde o uso de aves de rapina até o disparo de gás através de uma bazuca – para varrer dos céus veículos aéreos não tripulados que estão sendo usados para contrabandear drogas, bombas, espionar linhas inimigas ou incomodar espaços públicos.
A corrida armamentista contra drones é alimentada em parte pelo ritmo lento da regulação governamental para tais veículos aéreos.
Na Austrália, por exemplo, diferentes agências regulam drones e tecnologias de combate a eles. “Há potenciais problemas de privacidade ao operar aeronaves pilotadas remotamente, mas o papel da Autoridade de Segurança da Aviação Civil está restrito a segurança. A privacidade não é nossa responsabilidade”, disse a agência à Reuters.
“Existe um fator de medo aqui”, diz Kyle Landry, analista da Lux Research. “O alto volume de drones, além de regulamentações que não conseguem acompanhar o ritmo, levam à necessidade de uma tecnologia contra drones”.
Em outros lugares, milhões de consumidores podem pilotar drones, incluindo traficantes de drogas, quadrilhas de criminosos e insurgentes. Drones estão sendo usados para contrabandear telefones celulares, drogas e armas em prisões, por exemplo.
Já grupos armados no Iraque, Ucrânia, Síria e Turquia estão usando cada vez mais drones para reconhecimento ou como dispositivos explosivos improvisados.
Táticas contra drones
Engenheiros da TeleRadio, de Cingapura, estão usando sinais de radiofrequência no dispositivo SkyDroner para acompanhar e controlar drones.
A polícia nacional holandesa comprou recentemente várias aves de rapina de uma startup chamada Guard From Above para tirar drones indesejados do céu. Outras abordagens concentram-se em drones maiores ou armas que disparam uma rede e um paraquedas através de gás comprimido.
Algumas empresas, como a alemã DeDrone, escolhem uma abordagem menos intrusiva usando uma combinação de sensores – câmera, acústica, detectores de sinal Wi-Fi e scanners de radiofrequência (RF) – para monitorar passivamente drones dentro de áreas designadas.
Outras, entretanto, se concentram em invadir protocolos de transmissão de dados via rádio usados para controlar a direção de drones para assumir o comando deles e impedir a transmissão de vídeo.
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