A vaga de frio na Europa continua a ser mortífera, com mais sete vítimas verificadas essa terça-feira (10) nos Balcãs, seis na Polônia e outras tantas na Roménia desde quinta-feira, o que eleva o total para mais de 60.
De acordo com o jornal The Guardian, já há 61 vítimas confirmadas, com cerca de um terço dos casos ocorridos na Polônia, o país mais afetado, onde seis pessoas morreram apenas esta terça-feira, com o termómetro a baixar até aos -20ºC em algumas regiões, anunciou o centro governamental de Segurança Nacional (RCB).
Na Romênia, “seis mortes devido a hipotermias” foram contabilizadas ao nível nacional em seis dias, anunciou o Ministério da Saúde, no seu primeiro balanço oficial.
O conjunto do território foi colocado em alerta “temperaturas glaciais” na terça-feira. O termómetro desceu até aos -32ºC no centro do país, com o frio provocando o encerramento de escolas em Bucareste e no departamento de Constanta, no sudeste.
Nos Balcãs, foram pelo menos sete as mortes relatadas nas últimas 24 horas – Sérvia (3), Macedônia (3) e Albânia (1) – pela imprensa local.
No sul da Sérvia, onde as temperaturas desceram abaixo dos -20ºC, morreram de frio um homem de 88 anos e o filho de 64 na localidade de Duga Poljana.
No leste do país, a televisão sérvia, RTS, relatou a história de um homem que caiu num buraco profundo, do qual não foi capaz de sair durante dois dias, sobrevivendo a temperaturas inferiores a -20ºC. Socorrido por fim por um vizinho, o homem, cuja idade não foi revelada, foi internado.
A navegação no Danúbio foi suspensa ontem até nova ordem, por causa dos pedaços de gelo que se formaram no rio. Os portos no Mar Negro foram encerrados por causa dos fortes ventos.
Na Grécia, um navio da Marinha de guerra deveria sair de Atenas hoje esta noite para a ilha de Lesbos, para acolher centenas de refugiados e migrantes que aí vivem em tendas, depois das quedas de neve nos últimos dias.
A embarcação pode “receber 500 pessoas” que estão vivendo em condições miseráveis, afirmou o porta-voz da marinha de guerra, vice-almirante Spyridon Pollatos, à agência noticiosa AFP.
Esta vaga de frio vindo da Escandinávia afeta a Europa desde o fim da semana passada, provocando vítimas em outros países do Leste, como República Tcheca ou Bulgária, designadamente entre sem abrigos e migrantes, mas também na Macedônia, Bielorrússia ou Itália.
// ZAP