Lembra da época em que pesquisas para sequenciar DNA eram caras e exigiam computadores poderosos (e caros) para rodar as combinações genéticas. Pois bem, isso está virando coisa do passado, pois o poder de processamento de dispositivos móveis já está chegando lá.
Um time de pesquisadores da Universidade de Los Angeles (UCLA) e da Suécia anunciaram esta semana a criação de um microscópio que usa um smartphone para detectar as sequências de DNA em células e tecidos.
Na prática, eles desenvolveram e produziram em uma impressora 3D um periférico para integrar o microscópio ao um smartphone Nokia Lumia 1020, conseguindo usar o setup para fazer o sequenciamento em linhas de câncer do colo e amostras de tumores. A análise foi feita por um app no smartphone.
O que isso quer dizer? Um pesquisador pode plugar o microscópio móvel em um smartphone e realizar sequenciamentos de DNA ou análises moleculares em tumores, por exemplo, mesmo em locais remotos, que não possuem equipamentos médicos de primeira linha, ou mesmo fora de um ambiente hospitalar.
A nova técnica foi apresentada num artigo publicado esta terça-feira (17) na revista científica Nature Comunications.
Em teoria, a nova tecnologia pode permitir que médicos sejam capazes de diagnosticar casos de câncer em qualquer local, um grande avanço para a telemedicina, segundo apontam os pesquisadores.
“Diagnósticos moleculares no ponto de atendimento é atualmente uma demanda não cumprida em locais com baixos recursos. Com sua expansão de capacidades em câmeras e sensores, assim como poder computacional, smartphones poderão trazer medições biomédicas dos laboratórios para o campo“, afirmaram os pesquisadores.
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