A polícia judiciária alemã anunciou que a prisão, na semana passada, em Colonia, de um tunisiano impediu um atentado com uma “bomba biológica” com ricina, um veneno 6 mil vezes mais poderoso que o cianeto.
“Houve, neste caso, preparativos concretos para cometer um ato, com uma espécie de bomba biológica, algo sem precedentes na Alemanha”, declarou o chefe da polícia judiciária alemã, Holger Munch, à rádio pública do país.
Holger Munch indicou que o suspeito tinha começado a produzir ricina e que os investigadores dispõem de elementos que apontam para ligações ao grupo terrorista Estado Islâmico.
As buscas mostraram que o suspeito já tinha produzido ricina, o veneno de origem vegetal mais poderoso que se conhece, disse o chefe da polícia. Trata-se de uma substância mortal em caso de ingestão ou inalação e contra a qual não existe antídoto.
“Encontramos um grande número de sementes de ricina, permitindo produzir” o veneno, “assim como diversos utensílios necessários à fabricação de um explosivo”, adiantou Munch.
O objetivo visado pelo atentado ainda não foi determinado, assim como eventuais cumplicidades de que o suspeito poderia ter beneficiado. O homem de 29 anos, identificado como Seif Allah H., tinha sido assinalado há “alguns meses” e era vigiado, tendo sido detido por forças de elite da polícia alemã.
O chefe da polícia nacional indicou que a prisão foi possível graças à colaboração de “serviços de segurança nacionais e internacionais”. Segundo a mídia local, foi a CIA que alertou primeiro a polícia alemã, após ter notado as compras na internet das substâncias para a fabricação da bomba.
Esta é a primeira vez que as autoridades assumem claramente que estava sendo preparado um atentado com uma bomba de ricina. Na semana passada, na altura da prisão, a justiça falou de suspeitas, indicando não possuir elementos suficientes para dizer se o suspeito ia ou não cometer o atentado.
Em maio, as autoridades francesas anunciaram também ter impedido um atentado em Paris com explosivos ou com ricina, tendo detido um egípcio de 20 anos.
Ciberia // ZAP