Durante anos, os cientistas ficaram confusos com uma estranha anomalia no espaço: um misterioso “Ponto Frio” com cerca de 1,8 bilhão de anos-luz de diâmetro.
Esta área é mais fria do que seus arredores em torno de 0.00015 graus Celsius, um fato que os astrônomos descobriram medindo a radiação de fundo em todo o universo.
Anteriormente, os astrônomos acreditavam que este espaço poderia ser mais frio simplesmente porque tinha menos matéria do que a maioria das seções do espaço. Eles chamam de enorme supervazio, e estimam que tenha 10.000 galáxias a menos do que outras seções comparáveis do espaço.
Mas agora, em um estudo recentemente publicado, os astrônomos da Royal Astronomical Society (RAS) dizem ter descoberto que este supervazio não poderia existir.
Eles agora acreditam que as galáxias no ponto frio estão agrupadas em torno de pequenos vazios que povoam o ponto frio como bolhas. Mas estes pequenos vazios, no entanto, não podem explicar a diferença de temperatura observada.
Multiverso?
Para ligar as diferenças de temperatura aos vazios menores, os pesquisadores dizem que um modelo cosmológico não-padrão seria necessário. “Mas nossos dados colocam fortes restrições em qualquer tentativa de fazer isso”, explica o pesquisador Ruari Mackenzie.
Embora o estudo tenha uma grande margem de erro, as simulações sugerem que há apenas uma probabilidade de 2% de o “Ponto Frio” ter se formado aleatoriamente.
“Isso significa que não podemos excluir completamente que ele é causado por uma flutuação improvável explicada pelo modelo padrão. Mas se essa não é a resposta, então há mais explicações exóticas “, diz o pesquisador Tom Shanks.
Talvez a mais emocionante destas explicações é que “o ponto frio poderá ter sido causado por uma colisão entre nosso universo e um outro universo”, diz Shanks.
Se estudos mais detalhados apoiarem os achados desta pesquisa, o Ponto Frio pode vir a ser a primeira evidência de um multiverso, embora muito mais evidências seriam necessárias para confirmar que nosso universo é de fato um entre muitos.
// HypeScience
Adorei suas matérias, parabéns!