O apocalipse zumbi não demoraria muito. Um novo artigo em um jornal estudantil revisado por pares aponta que as hordas de zumbis reduziriam a população da Terra a apenas 273 sobreviventes em 100 dias.
O artigo, publicado no Journal of Physics Specials da Universidade de Leicester, na Inglaterra, é um uso fantasioso do chamado modelo SIR, que é usado na epidemiologia para simular como as doenças se espalham ao longo do tempo.
Esta não é a primeira vez que os zumbis foram usados como uma metáfora para a saúde pública. Em dezembro de 2015, por exemplo, a revista médica britânica The Lancet publicou um artigo intitulado “Infecções Zumbis: epidemiologia, tratamento e prevenção”.
Também um blog dos CDC, Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA usou as preparações para um apocalipse zumbi como uma metáfora para a preparação para desastres na vida real.
Na nova análise, os universitários da Universidade de Leicester assumiram que cada zumbi teria 90% de sucesso em encontrar e infectar um humano por dia – uma taxa que tornaria o vírus zumbi duas vezes mais contagioso do que a Peste Negra, a praga que devastou a Europa no século 14.
Os pesquisadores ainda estimaram que cada zumbi poderia viver 20 dias sem comida – cérebros humanos, no caso.
Considerando uma população inicial de 7,5 bilhões de pessoas, aproximadamente a população mundial de hoje, os alunos calcularam que levaria 20 dias para um único zumbi iniciar uma epidemia de proporções notáveis.
Nesse ponto, a pandemia teria começado.
Assumindo que não houvesse nenhum isolamento geográfico, de fato, a população humana cairia para 181 no dia 100 da epidemia, com 190 milhões de zumbis vagando por aí.
Há esperança!
Com algum isolamento geográfico, a situação seria um pouquinho melhor para os seres humanos.
Assumindo que o vírus zumbi teria que se espalhar por regiões contíguas e que os zumbis seriam um pouco limitados em sua capacidade de viajar (não deixando sua região atual até que houvesse 100.000 zumbis vagando para lá), seriam 273 os sobreviventes humanos no dia 100, de acordo com o estudo.
Um modelo mais realista assumiria que cada zumbi poderia encontrar menos vítimas humanas ao longo do tempo, escreveram os alunos, porque simplesmente haveria menos humanos a encontrar.
“Nós também não incluímos a possibilidade de os humanos matarem os zumbis”, escreveram.
Em um artigo de acompanhamento, os alunos fizeram exatamente isso. Eles estenderam a vida zumbi para um ano, a fim de aumentar o desafio um pouco, mas também deram a cada humano uma chance de 10% de matar um zumbi a cada dia.
Eles também representaram a reprodução humana, supondo que mulheres em idade reprodutiva seriam capazes de ter um bebê uma vez a cada três anos.
Estas suposições forneceram alguma esperança para a humanidade. Sob este modelo, a população humana rapidamente cai para algumas centenas novamente. No entanto, os zumbis morreriam após 1.000 dias, sob este modelo.
10.000 dias após o início da epidemia, a população humana começaria a se recuperar novamente. Parece que nem tudo está perdido.
// HypeScience