O arroz “esconde” um perigo para o corpo humano

O arroz, grão amplamente utilizado por todo o mundo como parte essencial da dieta alimentar humana, pode acumular grandes quantidades de arsênico e outras toxinas, a maioria das quais entra no corpo durante a digestão.

A notícia é divulgada pelo portal Eurek Alert, que cita biólogos especialistas que participaram em recente conferência da Society for Risk Analysis, em Nova Orleans, nos Estados Unidos.

Os cientistas alertam que altos níveis de chumbo, arsênico e outros elementos encontrados na água, canalizações, pratos e outros objetos domésticos e da vida cotidiana, produzem, muitas vezes, distúrbios graves no cérebro e corpo humano. Quanto ao arsênico, os especialistas apontam que a principal fonte da toxina está na água subterrânea.

Tendo em conta a contaminação significativa dessas águas, uma equipea de cientistas da Universidade de Indiana, nos EUA, decidiu estudar com os altos níveis de arsênio e outras substâncias afetam as plantações de arroz, que representam as maiores atividades de cultivo na cultura da China, Índia, assim como em outros países do sul e leste asiático. 

Para a pesquisa, os especialistas analisaram dados recolhidos por autores em 143 artigos científicos sobre o metabolismo do arsênio e seu comportamento no interior do corpo humano e em diversos alimentos. Posteriormente, selecionaram dez estudos mais detalhados sobre o tema, comparando-os com seus resultados experimentais.

Os cientistas descobriram que os grãos de arroz acumulam grandes quantidades de arsênico, que na maioria das vezes permanece na polpa sob a forma de um composto inorgânico, sem ser processado pela planta.

Em média, cerca de 70-80% do arsênico passa através da água da planta sem experimentar qualquer mudança, ou seja, uma proporção semelhante a esta entra diretamente no corpo das pessoas e animais que o ingerem.

Os cientistas esperam que, num futuro próximo, além de avaliar o conteúdo de arsênico em grãos de arroz comuns e determinar a quantidade da substância tóxica que entra no corpo, possam ainda determinar como afeta os humanos.

Ciberia // ZAP

COMPARTILHAR

5 COMENTÁRIOS

  1. É realmente preocupante. Talvez o povo que mais consuma arroz no mundo é à séculos São os chineses….. Só tem 1,5 bilhão e meio deles por aí…. E hj!
    Da pra perceber o grande “mal”que o arroz fez pra eles, estão a beira do extermínio.

  2. Verdade Renato meu pais e avós durante anos comendo arroz e ainda estão vivos com mais de 80 anos.
    Temos que tomar muito cuidado pois se continuarmos a comer muito arroz , talvez vamos passar dos 85 anos e moleee…

  3. A matéria esqueceu-se de citar que o arroz brasileiro é irrigado com água de superfície, não utilizando águas subterrâneas e, portanto, não tendo este tipo de contaminação.

  4. bife, arroz, feijão – faz mal nada
    -amanhã vou comer feijoada –
    -tenho um metro e meio e mais de cem kilos
    -obesidade mórbida –
    -mas falando sério essas matérias são mais interessantes que as de crime –
    -são mais útil, tudo o que é útil é bom – acrescenta algo na vida da gente –

DEIXE UM COMENTÁRIO:

Como é feito o café descafeinado? A bebida é realmente livre de cafeína?

O café é uma das bebidas mais populares do mundo, e seus altos níveis de cafeína estão entre os principais motivos. É um estimulante natural e muito popular que dá energia. No entanto, algumas pessoas preferem …

“Carros elétricos não são a solução para a transição energética”, diz pesquisador

Peter Norton, autor do livro “Autonorama”, questiona marketing das montadoras e a idealização da tecnologia. Em viagem ao Brasil para o lançamento de seu livro “Autonorama: uma história sobre carros inteligentes, ilusões tecnológicas e outras trapaças …

Método baseado em imagens de satélite se mostra eficaz no mapeamento de áreas agrícolas

Modelo criado no Inpe usa dados da missão Sentinel-2 – par de satélites lançado pela Agência Espacial Europeia para o monitoramento da vegetação, solos e áreas costeiras. Resultados da pesquisa podem subsidiar políticas agroambientais Usadas frequentemente …

Como o Brasil ajudou a criar o Estado de Israel

Ao presidir sessão da Assembleia Geral da ONU que culminou no acordo pela partilha da Palestina em dois Estados, Oswaldo Aranha precisou usar experiência política para aprovar resolução. O Brasil teve um importante papel no episódio …

O que são os 'círculos de fadas', formações em zonas áridas que ainda intrigam cientistas

Os membros da tribo himba, da Namíbia, contam há várias gerações que a forte respiração de um dragão deixou marcas sobre a terra. São marcas semicirculares, onde a vegetação nunca mais cresceu. Ficou apenas a terra …

Mosquitos modificados podem reduzir casos de dengue

Mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia podem estar associados a uma queda de 97% nas infecções de dengue em três cidade do vale de Aburra, na Colômbia, segundo o resultado de um estudo realizado pelo …

Chile, passado e presente, ainda deve às vítimas de violações de direitos humanos

50 anos após a ditadura chilena, ainda há questões de direitos humanos pendentes. No último 11 de setembro, durante a véspera do 50° aniversário do golpe de estado contra o presidente socialista Salvador Allende, milhares de …

Astrônomos da NASA revelam caraterísticas curiosas de sistema de exoplanetas

Os dados da missão do telescópio espacial Kepler continuam desvendando mistérios espaciais, com sete exoplanetas de um sistema estelar tendo órbitas diferentes dos que giram em torno do Sol. Cientistas identificaram sete planetas, todos eles suportando …

Em tempos de guerra, como lidar com o luto coletivo

As dores das guerras e de tantas tragédias chegam pelas TV, pelas janelinhas dos celulares, pela conversa do grupo, pelos gritos ou pelo silêncio diante do que é difícil assimilar e traduzir. Complicado de falar …

Pesquisa do Google pode resolver problemas complexos de matemática

O Google anunciou uma série de novidades para melhorar o uso educativo da busca por estudantes e professores. A ferramenta de pesquisa agora tem recursos nativos para resolver problemas mais complexos de matemática e física, inclusive …