O final do ano de 1992 ficou marcado por uma tragédia: o assassinato de Daniella Perez, no dia 28 de dezembro, há exatos 25 anos. Filha da autora Glória Perez, ela brilhava em “De corpo e alma”, novela escrita pela mãe para o horário nobre da Globo. A atriz foi morta pelo companheiro de cena, Guilherme de Pádua, hoje pastor evangélico, e por sua então mulher, Paula Thomaz.
Aos 22 anos, Daniella era casada com o ator Raul Gazolla. Os dois se conheceram nos bastidores de “Kananga do Japão”, exibida em 1989 pela extinta TV Manchete, em que a atriz interpretava uma dançarina, atividade que também exercia na vida real.
Na Globo, ela estreou em “O dono do mundo” vivendo Yara, irmã da protagonista Stela, papel de Glória Pires. Daniella atuou ainda em “Barriga de aluguel”, de autoria de sua mãe. Logo depois, voltou à cena em “De corpo e alma”.
Após a tragédia, os autores Gilberto Braga e Leonor Bassères assumiram a novela. Uma semana após a morte da filha, Glória Perez retomou o trabalho, conduzindo a trama até o fim. No último capítulo, exibido em 5 de março de 1993, o ator Stênio Garcia leu uma emocionante carta escrita pela mãe.
Depoimento de Léo Vilhena, editor-chefe da Rede GNI
No dia do assassinato da atriz Daniela Perez, eu não estava de serviço (nessa época eu ainda estava na ativa da Polícia Civil do Rio de Janeiro). Mas fui avisado do crime pelo meu irmão e primo, ambos da Polícia Militar do Rio. O cabo foi encarregado de ir até a residência do ator Raul Gazolla para avisá-lo do crime. Como era previsível, ele entrou em profundo desespero, tendo a guarnição que ampará-lo. Ele fez questão de ir até o local do crime para ver a cena, pois não acreditava.
Ao chegar ao local do crime, tomado de profunda agonia e dor, ele foi “consolado” pelo ator Guilherme de Pádua, autor do crime brutal. Até aquele momento, não se fazia a mínima ideia do envolvimento dele no crime. Buscando informações no local do assassinato, com os moradores da região, uma moradora disse que viu um carro saindo em alta velocidade daquele local, e ela havia anotado a placa do veículo. Ao checarem a placa no sistema, os policiais que atendiam a ocorrência não podiam acreditar: o carro estava em nome de Guilherme de Pádua, que recebeu voz de prisão imediatamente, para revolta de todos os presentes no local do crime.
Os policiais que atenderam a ocorrência e os demais que chegavam inconformados (foi um crime que comoveu a opinião pública) tiveram que se controlar, pois TODOS estavam indignados e com sede de vingança contra o assassino perverso e dissimulado, Guilherme de Pádua. Ele se diz arrependido e até virou pastor recentemente, mas nada disso vai trazer a Dani de volta.
Ciberia // GNI
Ainda nesse assunto superado e sem graça? A mídia está sendo paga para não deixá-lo no esquecimento? Que obsessão!
O que foi ? Está usando de defesa com os agressores?