Uma equipe internacional de astrônomos australianos e chineses detectou sinais provenientes de uma nuvem de metanol na galáxia NGC 4945, localizada à distância de quase 12 milhões de anos-luz da Terra.
A pesquisa foi publicada no site arXiv.org, que faz parte da biblioteca virtual da Universidade Cornell, pela equipe de pesquisadores dirigida por Tiege McCarthy, da Universidade da Tasmânia em Hobart (Austrália).
As nuvens de metanol atuam como máseres gigantes — fontes de radiação de micro-ondas. Geralmente, as linhas de máser de metanol podem ser detectadas em regiões de formação de estrelas de grande massa.
De acordo com a equipe, é bastante comum encontrá-las na Via Láctea. Até agora, os planetólogos já as encontraram em mais de 1.200 fontes na galáxia.
Esta nuvem de metanol foi descoberta através do telescópio australiano Telescope Compact Array. O máser situa-se ao sul do centro da galáxia NGC 4845 e é uma fonte de radiação de 36,2 GHz.
Segundo os pesquisadores, sua luminosidade é cinco vezes mais forte do que a de outros máseres similares desta classe. Além disso, ele é 90 vezes mais brilhante do que a radiação de micro-ondas detectada na zona molecular central da Via Láctea.
O metanol é o álcool monoídrico mais simples, conhecido também pelas suas caraterísticas tóxicas, e é um elemento crucial de muitos elementos orgânicos complexos.
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