A agência de polícia da União Europeia, Europol, afirmou neste domingo que um ataque cibernético já atingiu até agora mais de 100 mil organizações, em pelo menos 150 países. Porta-voz da Europol, Jan Op Gen Oorth disse que o número de indivíduos vítimas do ataque pode ser bem maior.
O porta-voz informou que ainda é cedo para se descobrir quem está por trás da ação ou suas motivações. Ele afirmou que o maior desafio é o fato de que o ataque se espalha rapidamente, mas acrescentou que, até agora, poucas pessoas pagaram resgates, como exigido pelo vírus.
O funcionário da Europol disse ainda que mais pessoas podem ser atingidas pelo vírus virtual nesta segunda-feira, quando voltarem ao trabalho e ligarem seus computadores.
O ataque começou na sexta-feira e acredita-se que seja o maior episódio online de extorsão já registrado. Entre as vítimas estão uma rede de hospitais no Reino Unido e o serviço ferroviário nacional da Alemanha.
Na China, a imprensa local reportou que o ataque cibernético atingiu muitas redes de universidades do país. O Beijing News informou neste domingo que estudantes de várias universidades informaram que foram afetados pelo vírus, que bloqueou acesso a suas apresentações e documentos dos computadores.
Nos computadores atingidos, uma janela exigia pagamentos de US$ 300, ou cerca de 2 mil yuans, para a liberação dos arquivos.
O ataque afetou computadores que gerenciam fábricas, bancos, agências do governo e sistemas de transporte. No Reino Unido, quase 20% dos grupos de cuidados com a saúde foram afetados, mas um jovem pesquisador britânico descobriu uma resposta para conter o ataque, o que limitou os danos.
Especialistas em segurança cibernética dizem que pode haver ataques bem maiores, caso as empresas e governos não façam grandes mudanças nos sistemas. Entre os países atingidos estão Rússia, Ucrânia, Brasil, Espanha, Índia e Estados Unidos.
O ataque atual foi feito a partir de um problema de segurança no Microsoft Windows. A Microsoft havia liberado em março uma atualização em março que consertava o problema, mas muitos computadores não tinham passado por essa atualização, o que os deixou vulneráveis.
// Agência BR