Nikolas Cruz, o jovem que matou 17 pessoas em uma escola na Florida, sofre de depressão e autismo. O adolescente será sentenciado à pena de morte ou prisão perpétua e o estado de saúde mental pode ser crucial para a decisão.
De acordo com a revelação do Departamento de Crianças e Famílias (DCF) da Flórida, nesta segunda-feira (19), o autor confesso do tiroteio recebia tratamento psiquiátrico e tomava medicamentos controlados em 2016.
A mãe do jovem, Lynda Cruz, que morreu em 2017, indicou na época os distúrbios do filho, garantindo que sofria de depressão, hiperatividade e autismo.
O Departamento de Crianças e Famílias da Flórida irá publicar um documento sobre o homicida e ex-aluno da escola de Parkland, mas o jornal The Miami Herald avançou que o relatório, aberto em setembro de 2016, o considerava “vulnerável” e com vários problemas mentais, cita o JN.
Segundo a Sábado, esses fatos reforçam a defesa, que alega: as autoridades não prestaram a devida atenção aos “pedidos de ajuda” sistemático de Nikolas Cruz, de 19 anos. Segundo o advogado Gordon Weeks, o Serviço de Proteção a Adultos foi acionado em 28 de setembro de 2016, depois de uma denúncia de algumas perturbações do jovem.
O governador da Flórida, Rick Scott, pediu na semana passada a demissão do diretor do FBI, depois de a polícia federal norte-americana ter admitido que tinha já sido alertada sobre o risco representado por Nikolas Cruz.
Em janeiro deste ano, o FBI foi alertado de que Cruz tinha uma arma, que “manifestava desejo de matar” e que era provável que realizasse um tiroteio em uma escola. Mas falhas nos protocolos de investigação impediram que a tragédia fosse evitada.
O jovem norte-americano confessou ser o autor do massacre. Nesta segunda, Cruz compareceu perante outra juíza, Elizabeth Scherer, totalmente em silêncio.
Ciberia // ZAP