A Austrália, na última sexta-feira (11), anunciou o cancelamento de um plano que envolvia o pedido de cerca de US$ 750 milhões em doses de vacinas contra a COVID-19 desenvolvida localmente pela Universidade de Queensland. A decisão aconteceu após os testes apontarem resultados falsos positivos para HIV em voluntários.
De acordo com o governo australiano, mesmo que a vacina experimental tenha trazido testes positivos para a prevenção da COVID-19, os resultados falsos positivos para o vírus da AIDS podem conflitar com a confiança da população. Scott Morrison, primeiro-ministro do país, disse ainda que irá compensar as pessoas pela perda do acordo de 51 milhões de doses com a compra de vacinas da AstraZeneca e Novavax.
“Não podemos ter qualquer problema de confiança, e nós, agora como uma nação com um bom portfólio de vacinas, somos capazes de fazer as melhores decisões para proteger a população australiana”, assegura Morrison.
“Provavelmente ela funcionaria”, diz ainda Brendan Murphy, secretário do departamento de Saúde da Austrália. “Mas nós sabíamos que não queríamos ter nenhum problema de confiabilidade, e esse teste falso positivo poderia causar confusão e falta de confiança”.
O governo do país pretende vacinar seus cidadãos ainda em março do ano que vem, e comunicou que não será preciso solicitar uma aprovação de emergência porque o coronavírus estaria controlado por lá.
A Austrália registrou, desde o início da pandemia, 908 mortes e 28 mil casos.
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