Uma jovem de 19 anos deu à luz um bebê que tinha no estômago um gêmeo parasita. Um caso de uma rara anomalia congênita que aconteceu na Índia.
O gêmeo parasita, que crescia atrás do estômago do bebê, só foi detectado depois do seu nascimento, conta o jornal britânico The Independent.
Durante a gravidez, um exame de rotina feito em um hospital da cidade de Mumbra, na Índia, permitiu detectar uma massa estranha no corpo do feto. Quando nasceu, foi feito novo exame, que revelou a presença de um gêmeo parasita, com cerca de 7 centímetros.
O bebê foi operado para a extração do feto do seu irmão que já tinha cabeça, um braço e pernas. Ele encontra-se em situação estável, prevendo-se que possa se desenvolver normalmente.
O gêmeo parasita “estava dentro de um saco fetal do recém-nascido”, conta ao jornal britânico Daily Mail o radiologista Bhavna Thorat que o detectou nos primeiros exames efetuados.
“Consegui ver ossos dos membros superiores e inferiores do feto”, acrescenta o especialista, que também viu “uma pequena cabeça com o cérebro no interior”, embora não tivesse “ossos do crânio”.
1 em cada 500 mil nascimentos
A rara anomalia congênita é conhecida como “feetus in fetu” e há “menos de 100 casos registrados em todo o mundo”, ocorrendo “apenas em 1 em cada 500 mil nascimentos”, conforme atesta o site científico IFLScience.
Em março do ano passado, uma bebê de 10 meses nasceu, na Costa do Marfim, com quatro pernas e com duas colunas vertebrais, tendo sido separada com êxito da gêmea parasita.
Não se sabe por que este tipo de anomalia ocorre, mas acredita-se que os gêmeos parasitas começam crescendo normalmente no útero, compartilhando a placenta com o irmão.
Contudo, durante o início da gravidez, um dos gêmeos acaba envolvendo o outro, tornando-se o segundo um “parasita”, uma vez que utiliza o fluxo sanguíneo do “hospedeiro” para sobreviver.
Os gêmeos parasitas são caracterizados pela incapacidade de sobreviverem sem o irmão hospedeiro, pois lhes faltam os órgãos necessários para isso. Podem também ser uma ameaça e pôr em risco a vida do irmão que os “aloja”.
Há alguns casos em que os gêmeos parasitas crescem sem ser detectados, só sendo descobertos já na vida adulta dos seus “hospedeiros”.
// ZAP