Uma equipe internacional de paleontologistas, liderada pelo Museu Sueco de História Natural, descobriu estromatólitos com 1,6 bilhão de anos. No entanto, a descoberta não fica por aqui. Além da idade, os cientistas descobriram que as estruturas sólidas de origem biológica, encontradas em Chitrakoot, na Índia, contêm bolhas de oxigênio.
“Os micróbios foram as primeiras formas de vida existentes na Terra”, disse o autor principal do artigo científico Therese Sallstedt, do Departamento de Paleobiologia do Museu Sueco de História Natural.
“Transformaram o nosso planeta em um ambiente tolerável tanto para plantas quanto para animais e, portanto, sua atividade abriu o caminho para a vida como a conhecemos hoje”, continuou Sallstedt.
O autor do estudo, que será publicado na edição de março da Geobiology, adiantou que as cianobactérias foram um dos primeiros micróbios existentes na Terra. “As cianobactérias produziam oxigênio através da fotossíntese e, por vezes, o oxigênio ficava preso em uma espécie de bolha”, explicou o cientista.
Segundo o Sci-News, a equipe de Sallstedt estudou sedimentos fossilizados da Índia central e encontrou esferas redondas nas esteiras microbianas das cianobactérias. Essas “bolhas” foram criadas por minúsculos micróbios em águas rasas.
“Achamos que são bolhas de oxigênio criadas em biomas de cianobactérias em águas rasas, há 1,6 bilhão de anos atrás”, disse Sallstedt.
As cianobactérias eram responsáveis por oxigenar a atmosfera. Simultaneamente, e ao longo do tempo, construíram estromatólitos, que ainda existem na Terra atualmente.
Agora, e depois da descoberta, os paleontologistas estão convencidos de que as cianobactérias desempenharam um papel ainda maior do que se acreditava anteriormente, nomeadamente na criação de fosforite em águas rasas.
“As cianobactérias permitiram aos cientistas de hoje uma janela única para os ecossistemas antigos”, concluiu Therese Sallstedt.
Ciberia // ZAP