O auxílio financeiro oferecido pela Odebrecht a seus executivos que aderem à colaboração com a Lava Jato – uma espécie de “bolsa delação” que pode ser paga por até 15 anos – está ameaçado.
Quando o acordo foi firmado, a previsão era a de que duas dezenas de executivos fariam a delação. O total, no entanto, subiu para 77 delatores – e a conta começou a ficar cara.
As informações são da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
O acordo “daria segurança financeira aos executivos, já que eles confessariam vários crimes e estariam inviabilizados no mercado de trabalho”.
A Odebrecht estaria contornando as divergências com seus diretores graças a esse generoso programa informal de indenizações milionárias. De acordo com relatos que circulam entre as empreiteiras, ela e a Andrade Gutierrez têm garantido vários anos de remuneração aos diretores que, confessando crimes, vão se inviabilizar no mercado de trabalho.
Os valores variam de acordo com os anos que cada diretor ainda poderia trabalhar nas empresas.