Geneticistas norte-americanos descobriram centenas de novos genes em partes menos estudadas do genoma humano. Mais de 50 deles produzem proteínas que participam no desenvolvimento de células cancerosas.
A base atual do projeto de dados de proteomas humanos NeXtProt possui cerca de 17,6 mil genes que codificam sequências de proteínas, confirmados por espectrometria de massa, e cerca de 2,1 mil genes codificantes de proteínas não confirmados.
Pesquisadores do Instituto Broad da Universidade Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, EUA, verificaram 553 genes candidatos, estudando as fases de leitura aberta (ORF, na sigla em inglês), a sequência de DNA que faz parte do ácido ribonucleico não codificante, segundo estudo publicado na revista Nature Biotechnology.
Os genes candidatos foram selecionados, baseando-se nos dados publicados que preveem as ORF, que são potencialmente capazes de codificar as proteínas ativas. Os pseudogenes e as ORF, que são variantes de regiões conhecidas codificantes de proteínas, foram tirados da análise.
Durante os experimentos de expressão ectópica, a expressão de genes em um lugar incomum do corpo, 257 das ORF mostraram sinais de expressão de proteína e 401 das ORF estimularam mudanças de expressão genética. Ao todo, 57 delas contribuem para vitalidade de células cancerosas humanas.
Em particular, os pesquisadores descobriram que a ORF G029442 codifica a proteína-1 extracelular GREP1, rica em glicina, possuidora de um nível superior de citocinas ontogênicas GDF15 e vista durante câncer de mama. Seu bloqueio, usando um inibidor especial, diminuiu o efeito de desenvolvimento de células cancerosas em 265 linhas.
Os autores consideram que as proteínas biologicamente ativas, expressas pelas ORF não canônicas, podem tornar-se alvos potenciais para desenvolvimento de métodos de tratamento de câncer.
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