Uma equipe de cientistas acredita ter encontrado dois novos planetas possivelmente habitáveis. Os planetas em questão giram em torno de uma fraca estrela anã chamada Trappist-1, a 39 anos-luz da Terra. A equipa, da Hungria, diz que em teoria estes dois planetas podem ter condições fundamentais para sustentar organismos vivos.
Os planetas em questão fazem parte de um grupo de sete, descobertos em 2017, e todos giram em torno da fraca estrela anã chamada Trappist-1. O sistema de sete planetas chamou a atenção da comunidade científica desde que foi descoberto, em fevereiro do ano passado, por todos terem dimensões parecidas com as do planeta Terra.
Segundo o Diário de Notícias, nunca foram descobertos, de uma vez só, tantos planetas de um tamanho semelhante ao da Terra em volta da mesma estrela, ou em uma zona na qual as temperaturas extremas não acabem com as chances de existência de vida.
A partir da descoberta feita em 2017, surgiu a ideia de que poderiam existir muitos planetas como a Terra em toda a Via Láctea. Foi assim que a possibilidade despertou o interesse dos cientistas para analisar o sistema Trappist-1, a 39 anos-luz da Terra.
Amy Barr e sua equipe criaram modelos matemáticos dos sete planetas, que indicam a possibilidade de seis deles possuírem água, líquida ou congelada, com um oceano global possível em um dos exoplanetas. Foram também criados modelos de possíveis órbitas para criar projeções das temperaturas de cada um dos planetas à superfície.
No artigo, que será publicado no Astronomy & Astrophysics, a equipe de cientistas concluiu que dois planetas, o “d” e o “e”, são os mais prováveis de serem habitáveis, devido às temperaturas razoáveis.
De acordo com o The Guardian, o planeta “d”, por exemplo, segundo as estimativas dos cientistas, teria uma temperatura por volta dos 15 graus Celsius. O planeta “e” é mais frio, com “temperaturas parecidas as da Antártida, mas também razoáveis”, afirma Barr.
A existência de um tipo de calor e aquecimento nos dois planetas, que está relacionado com as marés e que é essencial para a vida em um planeta, tem motivado a comunidade cientifica a procurar cada vez mais.
Dado que a NASA ainda está para lançar a nova geração de telescópios espaciais, cientistas como os da equipe de Barr recorrem a computadores para decifrar este tipo de mistério. Ou, pelo menos, tentar.
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