Os cientistas descobriram que as algas que suportam os corais começaram a aparecer durante o período Jurássico Médio, ainda antes da extinção dos dinossauros – 100 milhões de anos antes do que pensávamos.
Um grupo internacional de cientistas descobriu que a associação entre os corais e seus simbiontes, as microalgas, começou a aparecer há cerca de 160 milhões de anos, e não há 60 milhões como se pensava até então.
A pesquisa, publicada semana passada no Science Daily, demonstra assim que os atuais recifes de corais são contemporâneos dos dinossauros.
As microalgas, também conhecidas como zooxantela, vivem nas células dos corais e permitem que captem energia solar para construir formações de recifes, que servem de habitat para diversos organismos marinhos.
De acordo com um dos autores do estudo, o professor Todd LaJeunesse da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, a associação com as microalgas foi “uma das principais razões para o sucesso dos corais modernos”.
Assim como aponta o estudo, os cientistas realizaram uma análise de DNA das microalgas, um estudo filogenético e comparações genômicas, e descobriram que os simbiontes apareceram e começaram sua associação com o coral durante o período Jurássico Médio, antes da extinção dos dinossauros.
Os cientistas observaram ainda que, ao longo da sua existência, as associações entre os corais e seus simbiontes sobreviveram a muitos episódios de mudanças climáticas – inclusive à extinção dos dinossauros.
Essa capacidade de superar as adversidade climáticas sugere aos cientistas que, apesar da crescente preocupação com o aquecimento global, os corais podem também sobreviver a mais uma mudança drástica no clima.