A Coreia do Norte falhou em um teste de míssil de médio alcance, do modelo Musudan, nesta quinta-feira (20), informaram o Comando Estratégico dos Estados Unidos (Usstratcom) e o Exército da Coreia do Sul.
De acordo com os dois organismos, o lançamento ocorreu “a nordeste de Kusong” e o míssil explodiu poucos minutos depois de deixar a base.
No domingo (16), um outro teste com o mesmo tipo de equipamento também falhou assim que foi lançado. O Musudan, feito pela Coreia do Norte, tem um alcance de três mil a quatro mil quilômetros e poderia atingir a base norte-americana de Guam, no Oceano Pacífico.
Essa é a oitava vez que o regime de Kim Jong-un faz um lançamento com o míssil e apenas um, ativado no dia 22 de junho, conseguiu ter um “sucesso parcial”, atingindo 400 quilômetros de distância e uma altitude de 1,4km.
Sistema antimíssil
Os Estados Unidos anunciaram que vão acelerar a construção de um sistema antimíssil na Coreia do Sul, após os constantes testes da Coreia do Norte. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado, John Kerry, e pelo chefe do Pentágono, Ash Carter, nesta quarta-feira (19).
O anúncio da construção do sistema havia sido feito no início do ano e preocupa os chineses, que acreditam que a construção aumentará a tensão no local.
A Rússia também se manifestou nesta quinta-feira (20) e disse ser contrária ao projeto.
“Somos decisivamente contrários e não aceitamos a decisão dos norte-americanos e dos sul-coreanos de instalar o sistema antiaéreo Thaad na Coreia do Sul. Consideramos que isso não garante a segurança”, disse o embaixador russos para casos especiais, Oleg Davidov, entrevistado pela Interfax.
Brasil fora do alcance
Os mísseis balísticos norte-coreanos, capazes de transportar ogivas nucleares, têm um alcance de até 10.000 km, podendo atingir a maior parte dos países da Ásia, América do Norte e Europa.
Os mísseis norte-coreanos são capazes de atingir todo o território do Japão, da Coreia do Sul, da Rússia e da China, e cobrem metade do território norte-americano.
A América do Sul é o único continente que está completamente fora do alcance das armas balísticas da Coreia do Norte.
// Agência Brasil / ZAP