Um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge encontrou uma forte ligação entre formação em artes e o transtorno bipolar, depressão e esquizofrenia.
Um estudo publicado no fim de abril no British Journal of Psychiatry aponta para uma forte ligação entre uma formação superior ligada às artes e o transtorno bipolar, depressão e esquizofrenia.
No caso desta última, a esquizofrenia, a probabilidade quase duplica em relação ao resto da população.
Não é novidade para os cientistas que o cérebro de pessoas criativas funciona de forma diferente e é precisamente esta diferença que, acreditam os pesquisadores, as torna mais sucetíveis a problemas de saúde mental, de acordo com a revista portuguesa Visão.
O estudo incidiu apenas sobre a população sueca e revelou que os suecos que tinham estudado música, teatro ou arte ao nível do ensino superior tinham também mais doenças do foro psiquiátrico do que os restantes, em comparação com os que tinham estudado direito, por exemplo.
“A criatividade envolve frequentemente a ligação de ideias ou conceitos de uma forma que as outras pessoas não se lembrariam”, explica James McCabe, autor do estudo, em artigo publicado na New Scientist. “Mas isso é semelhante à forma como o delírio funciona – por exemplo, conseguir encontrar uma ligação entre a cor da roupa de uma pessoa e fazer parte de uma conspiração do MI5 – o serviço britânico de informações.”
O autor acredita que a mesma diferença que torna as pessoas criativas pode estar ligada a fatores que as tornam mais propensas a ter problemas de saúde mental. Ou então, é também possível que as pessoas particularmente sensíveis à arte – ou artistas – tenham um maior risco de instabilidade emocional.
“Alguém que se comova a olhar para uma pintura pode ter maior sensibilidade artística, mas também ser mais vulnerável à depressão“, diz McCabe.
O estudo concluiu que além de terem 90% mais probabilidade de vir a ter esquizofrenia, os criativos têm também 62% maior probabilidade de sofrer transtorno bipolar e mais 39% de depressão.
Ciberia // ZAP
Se analizarmos a vida de todos os gêneos como Da Vinci, Hitler, dentre outros, todos tinham sérios transtornos.
O fato é que quanto mais inteligente, mais “fora da caixa” e do mundo atual estaremos.