Os Terraços Rosa e Branco da Nova Zelândia, conhecidos como a 8ª Maravilha do Mundo, desaparecerem misteriosamente há mais de 130 anos. Agora, um grupo de cientistas acredita ter descoberto o que levou ao fatídico fim dos terraços.
Dezenas de turistas costumavam se reunir nos amplos terraços feitos de sílica, onde a água desaguava em piscinas naturais. Há muito tempo, essas rochas em tons de rosa e branco – que acabaram por nomear o local – faziam do espaço um destino famoso na região de Rotorua, na Nova Zelândia
Agora, em novo estudo publicado em junho no Journal of The Royal Society of New Zealand, pesquisadores da GNS Science reiteram descobertas anteriores, nas quais defendiam que os terraços foram destruídos pela erupção vulcânica do Monte Tarawera, em 1886.
Os cientistas confirmam ainda que qualquer fragmento remanescente dos Terraços Rosa e Branco foram provavelmente “engolidos” pelo aumento da água, permanecendo agora nas profundezas do Lago Rotomahana.
A pesquisa contrapõe estudos publicados anteriormente, nos qual pesquisadores alegavam que os terraços mais famosos do hemisfério sul tinham sobrevivido à erupção e estavam enterrados no subsolo das terras em volta do lago; argumento que a nova pesquisa não valida, de acordo com a Nature World.
Recorrendo à engenharia e à topografia do século XIX, o geólogo Ferdinand von Hochstetter concluiu que os terraços foram parcialmente destruídos, e há até cientistas que dizem que parte dos Terraços Rosa e Branco podem mesmo ser recuperados.
Afinal, a Maravilha desapareceu para sempre
No novo artigo publicado, a equipe de Cornel de Ronde, o autor principal, rejeita qualquer esperança de recuperação dos terraços. Dados recolhidos entre 2011 e 2014 foram recentemente reavaliados e provam isso.
“Nós voltamos a analisar todas as nossas descobertas de há vários anos e concluímos que é insustentável que os terraços possam estar enterrados próximos do Lago Rotomahana”, explicou de Ronde.
A equipe de pesquisa recorreu a técnicas avançadas para “encontrar” o lendário local, incluindo tecnologias de sonar, levantamentos sísmicos e até fotografias subaquáticas. As descobertas recentes são consistentes com fotos históricas, bem como os mapas publicados pelo geólogo Hochstetter.
De forma geral, o novo estudo pinta um cenário abrangente da tragédia que ditou o fim dos terraços da Nova Zelândia.
Segundo os pesquisadores, a erupção destruiu a maior parte dos Terraços Rosa e Branco. Com a destruição, o nível da água do lago subiu, expandido consequentemente a sua área. Com isto, todos os vestígios remanescentes do Terraço acabaram submersos.
De Ronde realça ainda que, dada a brutalidade da erupção de 1886, não é de forma alguma surpreendente que os míticos terraços tenham sido totalmente destruídos.
O novo estudo contraria a pesquisa de Rexx Bunn e Sascha Nolden, dois cientistas neozelandeses que, baseados nas notas de Ferdinand von Hochstetter, concluíram no ano passado, que os terraços naturais poderiam estar enterrados a 15 metros abaixo do nível do solo, cobertos com cinzas vulcânicas.
Ciberia // ZAP