Estátua do Faraó Ramses II tem 3 mil anos e é considerada “uma das descobertas mais importantes do mundo”.
Um grupo de arqueólogos egípcios e alemães anunciaram uma importante descoberta no último dia 9 de março. Partes de uma enorme estátua de 3 mil anos, que acredita-se ser do legendário Faraó Ramsés II, foram encontradas enterradas na favela de Matariya, no Cairo.
Foram encontradas partes da cabeça e busto feitas de quartzito. Os pesquisadores acreditam que a estátua inteira tenha oito metros de altura. Os arqueólogos também localizaram a parte de cima de uma estátua de 80 cm do Faraó Seti II (neto de Ramsés II), e pedaços de um obelisco com hieróglifos.
Ramsés II foi o terceiro faraó da XIX dinastia egípcia, reinando entre 1279 a.C. e 1213 a.C.. Ele é considerado um dos maiores faraós a comandar o império egípcio, e acreditava que o mundo havia sido criado em Heliópolis, que hoje está localizado justamente em Matariya.
As estátuas foram encontradas em um pátio perto das ruínas do templo do Sol fundado por Ramsés.
Segundo Ayman Ashmawy, líder dos arqueólogos egípcios, a descoberta é importante porque mostra que o templo do Sol era impressionante, com “estruturas magníficas, gravuras notáveis, enormes obeliscos e estátuas”.
O templo sofreu danos durante o período greco-romano (entre 332 a.C. e 395 d.C.), quando a maioria de suas estátuas e obeliscos foram movidas para a Alexandria e Europa. O resto do monumento desapareceu durante a Era Islâmica (entre séculos VIII e XIII), quando seus blocos de pedra foram usados na construção de Cairo histórica.
Dietrich Raue, curador do Museu Egípcio da Universidade de Leipzig, diz que a equipe alemã de arqueólogos vai continuar escavando a área em busca por novos fragmentos. “Ainda não terminamos a escavação do pátio. É possível que encontremos os fragmentos perdidos e até outras estátuas”, afirma ele.
Especialistas já começaram a restaurar os artefatos, que serão exibidos no Grande Museu Egípcio, na cidade de Giza. O museu ainda está em construção e deve abrir as portas em meados de 2018.
Esta descoberta pode ajudar a indústria do turismo do Egito a voltar a crescer, já que há 6 anos os turistas evitam a região tomada por agitações políticas e ataques terroristas.
// HypeScience