O ex-presidente catalão foi seguido por espiões do Centro Nacional de Inteligência (CNI) da Finlândia até a Alemanha, onde acabou detido.
Desde que chegou à Finlândia até ter sido detido, neste domingo (25), na Alemanha, o ex-presidente catalão Carles Puigdemont foi seguido por uma equipe com cerca de dez agentes do Centro Nacional de Informações (CNI), da Espanha.
De acordo com investigação do jornal El País, os serviços de informação espanhóis aumentaram a vigilância ao dirigente catalão durante sua viagem à Finlândia, devido às dificuldades em segui-lo em território belga.
Os espiões aproveitaram a oportunidade de regresso a Bruxelas de carro, a partir de Copenhague, na Dinamarca, para capturar Carles Puigdemont com a ajuda das autoridades alemãs.
Assim, mesmo sem saber que percurso seria escolhido, entre 10 e 12 agentes montaram um posto de comando na Dinamarca para aguardarem pelas movimentações de Puigdemont, que acabou facilitando o trabalho deles ao escolher fazer a viagem entre a Dinamarca e a Bélgica de carro, no Renault Espace.
Embora tivessem ponderado capturá-lo em território dinamarquês, os agentes optaram por fazê-lo em uma estação de serviço alemã, na autoestrada A7, perto da localidade de Schuby, já que as relações com as autoridades desse país seriam melhores para articular a detenção, explica o Jornal de Notícias.
Carles Puigdemont foi detido neste domingo, na Alemanha, em cumprimento de um mandado emitido pelo Supremo Tribunal espanhol. O ex-presidente foi, entretanto, transportado para a prisão de Neumünster, no estado de Schleswig-Holstein, no norte do país.
Nesta segunda-feira (26), Puigdemont será ouvido no tribunal administrativo de Schleswig-Holstein, que irá analisar o pedido de extradição das autoridades espanholas. O propósito da presença em tribunal é comprovar sua identidade e iniciar os trâmites do processo para se decidir sobre o mandado europeu de captura.
O prazo máximo para tomar a decisão é de 60 dias, a partir da detenção.
Ciberia // ZAP