Atualmente sendo julgada por corrupção, a ex-presidente sul-coreana vai também ser acusada de ter desviado o equivalente a milhares de dólares de fundos dos serviços secretos.
Park Geun-hye foi destituída do parlamento sul-coreano, em dezembro de 2016, por ter recebido todos os meses, de 2013 a 2016, entre 50 e 200 milhões de won, cerca 30 mil e 150 mil dólares, do serviço de informações (NIS).
O Ministério Público adiantou aos órgãos de comunicação social sul-coreanos que estas somas eram entregues por agentes dos serviços secretos aos conselheiros de Park em estacionamentos ou ruas pouco movimentadas em torno da presidência.
O dinheiro era proveniente de “fundos especiais” que o NIS pode usar sem prestar contas, indicou a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.
A primeira mulher eleita chefe de Estado na Coreia do Sul é julgada desde maio por 18 acusações, incluindo corrupção, coerção e abuso de prisão, e pode pegar prisão perpétua.
A ex-presidente ainda teria recebido milhões de dólares dos maiores conglomerados do país, como a Samsung. Park é também julgada por ter deixado uma amiga, Choi Soon-sil, se envolver em assuntos de Estado.
Depois de o tribunal ter decidido prolongar por seis meses a detenção provisória, a antiga chefe de Estado recusou, em outubro, voltar a assistir ao julgamento. Entretanto, sua defesa se demitiu e acusou o tribunal de ser parcial, tendo Park recusado cooperar com os defensores públicos.
Ciberia // ZAP