Os cidadãos que vivem perto da central nuclear de Tihange 3, na Bélgica, estão seriamente preocupados com a segurança da central, que sofreu várias paralisações nos últimos anos.
A operadora da central nuclear, Engie-Electrabel, confirmou na quinta-feira (5) anomalias no reforço de concreto armado, presentes desde a construção do edifício Tihange 3, na região de Valônia, na Bélgica.
A Electrabel lançou um programa de inspeção e reparo preventivo para todas as suas unidades. A descoberta das anomalias surgiu durante a revisão, planejada previamente e ainda em andamento, do reator – motivo pelo qual a operadora afirma que nenhuma conclusão pode ser tirada antes da conclusão dos trabalhos.
Segundo o jornal Le Soir, os especialistas da empresa detectaram anomalias no concreto armado, que estava lá desde a construção. Esse defeito na central nuclear pode enfraquecer a estrutura da unidade. Os reatores da central de Doel, no entanto, não são afetados pelo mesmo problema graças à sua arquitetura distinta.
A agência de segurança nuclear da Bélgica (AFCN) informou que a operação da central nuclear Tihange 3 não será reiniciada antes que o bunker blindado, que abriga serviços de emergência em que foram detectadas as anomalias, seja declarado seguro. De acordo com uma estimativa preliminar, a Tihange 3 pode só estar operacional em setembro.
A central de Tihange está localizada a apenas 60 quilômetros da fronteira com a Alemanha e a Holanda, enquanto que Doel fica próxima da cidade portuária belga de Antuérpia, junto à fronteira com a Holanda.
A proximidade das centrais com países europeus alarma a população. Em junho do ano passado, milhares de manifestantes se uniram para formar um cordão humano de 90 quilômetros para exigir o encerramento das centrais nucleares belgas de Thiange e Doel.
Em questão estão preocupações relacionadas com a segurança. Nesse mês, foram descobertas microfissuras na central nuclear Tihange 2, sendo que uma inspeção feita em 2015 tinha já registrado mais de 3 mil imperfeições. No reator nuclear 3 de Doel também foram encontrados novos elementos danificados.
Apesar de toda a preocupação em volta da segurança das centrais nucleares, as autoridades insistem que ambos são perfeitamente seguros.
Por sua vez, em setembro, a Alemanha começou a tomar iodo com receio de um vazamento radioativo da central nuclear belga. Mais tarde, em março deste ano, os belgas aderiram à iniciativa e começaram também a tomar pastilhas de iodo.
As farmácias belgas começaram a fornecer gratuitamente comprimidos de iodo às pessoas que as solicitem, como parte de um plano de segurança nuclear, iniciado pelo governo, que amplia a distribuição do mineral a todo o território do país como prevenção em caso de acidente nuclear.
E se um acidente nuclear vier mesmo a acontecer, os comprimidos de iodo poderão ser a salvação dos países que circundam esse vulcão nuclear que é a Bélgica.
As usinas nucleares são super seguras, iluminam, e energizam todo o mundo super desenvolvido. A energia nuclear é econômica, prática – porque as usinas podem ser instaladas em qualquer local. A propaganda enganosa deve em quando costuma espalhar uns boatos tentando apavorar os Estados possuidores dos minérios nucleares -urânio, tório, berilo, nióbio e outros – de modo que tais Estados não utilizem os minérios nucleares, deixando só para eles os minérios em questão.