A Finlândia é, pelo segundo ano consecutivo, o país mais feliz do mundo, segundo um relatório da ONU divulgado nesta quarta-feira (20), enquanto o Sudão do Sul, mergulhado na guerra, ocupa o último lugar. O Brasil, por sua vez, aparece na 32ª posição no ranking.
A Finlândia, o país dos 190.000 lagos e conhecido por suas florestas e saunas, está à frente da Dinamarca (2º lugar), seguido por Noruega, Islândia, Holanda, Suíça, Suécia, Nova Zelândia e Canadá, segundo a classificação de 2019 do “World Happiness Report” (Relatório Mundial da Felicidade).
Os países que ocupam os primeiros lugares cumpriram os principais indicadores e são caracterizados pela estabilidade de sua sociedade.
A metodologia utilizada consiste em pedir a uma amostra de pessoas de 156 países diferentes que responda a uma série de perguntas sobre a percepção da sua qualidade de vida em uma escala de 0 a 10.
Apesar das mudanças políticas relacionadas ao Brexit, o Reino Unido ganhou quatro posições na classificação de 2019 e está agora na 15ª posição. Os Estados Unidos continuaram a cair para o 19º lugar.
“O relatório deste ano fornece evidências que nos levam a refletir sobre como os vícios causam muito sofrimento e depressão nos Estados Unidos“, disse o professor Jeffrey Sachs, um dos autores do relatório.
O Sudão do Sul está em último lugar. A ONU declarou recentemente que 60% da população está ameaçada pela fome, enquanto o país está no meio de uma guerra civil que matou 400 mil pessoas. O Iêmen, o Afeganistão e a República Centro-Africana, também em guerra, estão na parte inferior do ranking.
A publicação coincide com o Dia Mundial da Felicidade, estabelecido pela ONU e celebrado em 20 de março. Os autores do relatório sugerem que a felicidade no mundo recuou, o que pode estar relacionado nos últimos anos a sentimentos negativos como “preocupação, tristeza e raiva, particularmente presente na Ásia e na África, e mais recentemente em outros lugares”, segundo o relatório.
O estudo também faz referência às conquistas e evolução dos países desde 2005. Entre os 20 que mais avançaram, metade está na Europa central e oriental, cinco na África Subsaariana e três na América Latina.
Os cinco principais retrocessos desde 2005 foram registrados no Iêmen, Índia, Síria, Botsuana e Venezuela.
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