O Furacão Florence se aproxima da costa dos EUA e continua extremamente perigoso, apesar de ter baixado para a categoria 2. O “olho” do furacão se expandiu e são esperadas consequências devastadoras do impacto da enorme tempestade para milhões de pessoas.
Perto da costa dos estados da Carolina do Norte e da Carolina do Sul, a velocidade do vento associado ao Furacão Florence baixou de 225 para 110 quilômetros por hora, o que levou os serviços meteorológicos dos Estados Unidos a reduzirem-no a uma tempestade de categoria 2.
O Florence se encontra, atualmente, a cerca de 378 quilômetros a sudeste de Wilmington, na Carolina do Norte, e a cerca de 450 quilômetros a sudeste de Myrtle Beach, na Carolina do Sul. A tempestade se move para noroeste a 17 quilômetros por hora.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) prevê que o furacão chegue à terra nesta sexta-feira (14) na Carolina do Norte e na Carolina do Sul e que, em seguida, avance para oeste, no interior do país.
O furacão tem potencial para causar “inundações históricas” e ventos devastadores, conforme frisa a CNN.
O astronauta e geofísico Alexander Gerst fala do Florence como um “pesadelo” no Twitter, depois de ter visto o “olho” da tempestade da Estação Espacial Internacional (EEI).
A imagem divulgada por Gerst revela a grande dimensão do “olho” do furacão que cresceu para aproximadamente 48 a 56 quilômetros de diâmetro, segundo dados do NHC. Quanto maior o “olho” do furacão, mais imprevisível será a tempestade.
Os ventos da tempestade tropical vão atingir entre 63 a 118 km/hora, alargando o alcance do furacão. De acordo com o NHC, estes ventos “cercam o olho a até uma distância de 240 quilômetros do centro”, conforme cita o Live Science.
A publicação científica destaca que, nas últimas horas, o “olho” do furacão se “reorganizou” em um processo conhecido por “ciclo de substituição da parede ocular“. Este fenômeno “ocorre naturalmente em grandes furacões”, como explica o Live Science, notando que se verifica “quando a tempestade atinge certo nível de intensidade” e o “olho” do furacão se contrai a até diâmetros de entre 10 e 25 quilômetros.
Entretanto, neste processo, pode se formar uma parede externa em torno do “olho” central, a partir de “um anel de tempestades”, que pode “provocar o enfraquecimento temporário”, salienta o Laboratório Oceanográfico e Meteorológico Atlântico (AOML), citado pelo Live Science.
Com o dissipar do “olho” interno, a parede externa assume o papel principal e pode dar ainda mais força ao furacão, destaca o AOML.
“Não brinquem com ele. É um dos grandes”
O Florence pode se tornar “a tempestade mais forte” a atingir a costa norte da Flórida, se as previsões se mantiverem, como aponta o Business Insider. É previsto que atinja o tamanho de todo o estado da Carolina do Norte quando alcançar terra firme, informa a mesma publicação.
“Não brinquem com ele. É um dos grandes”, já alertou o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciando que o governo está “completamente preparado” para o furacão e apelando às pessoas para tomarem todos os cuidados.
O governador do estado da Geórgia declarou o estado de emergência para todos os 159 condados, uma vez que os meteorologistas admitem a possibilidade de o Furacão Florence alterar sua rota para sudoeste, à medida que se aproxima da Carolina do Norte e da Carolina do Sul, que também estão em estado de alerta, assim como a Virgínia.
Nesta quarta-feira (12), o Mississípi enviou membros da Guarda Nacional e trabalhadores de busca e salvamento para as áreas que podem ser afetadas pelo furacão.
Entretanto, o Florence já obrigou à retirada de mais de 1 milhão de pessoas.
Ciberia, Lusa // ZAP