Nesta quarta-feira, 23, o governo federal publicou um decreto que extingue a Reserva Nacional de Cobre e Associados na Amazônia. O espaço foi criado em 1984, durante a ditadura, e esteve mais de 30 anos fechado para a mineração. Com a nova decisão, a área pode voltar a ser explorada comercialmente.
Com cerca de 47 mil quilômetros quadrados, a reserva fica na divisa entre o Amapá e o Pará, e inclui nove áreas protegidas, entre elas terras indígenas.
Em julho deste ano, a ONG WWF publicou um relatório que detalha a situação da reserva. No documento, a organização descreve que as zonas que são favoráveis à mineração estão inseridas justamente dentro destas áreas protegidas.
Para o governo, isso parece não ser significativo. A área pode atrair a iniciativa privada e inclusive empresas internacionais interessadas no potencial de extração de minerais como ouro, cobre, níquel, entre outros.
O decreto informa que as normas de preservação ambiental serão seguidas, embora não descreva como isso irá ocorrer. De acordo com a Deutsche Welle, o próximo passo deverá ser a realização de leilões para as companhias que pretendem explorar a região, o que ainda não tem data para acontecer.
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