O Observatório Estratosférico da NASA para Astronomia Infravermelha (SOFIA), concluiu recentemente um estudo detalhado de um sistema planetário próximo que é notavelmente semelhante ao nosso sistema solar.
Localizado no hemisfério sul da constelação Eridanus, a “apenas” 10,5 anos-luz de distância da Terra, o novo sistema solar se organiza em torno da estrela Epsilon Eridani, que é descrita como uma versão mais jovem do sol.
“Esta estrela hospeda um sistema planetário que está atualmente passando pelos mesmos processos cataclísmicos que aconteceram no nosso sistema solar no início de sua existência”, explicou o cientista Massimo Marengo, um dos autores do estudo publicado no Astronomical Journal.
Estudos anteriores indicam que a estrela Epsilon Eridani tem um disco de detritos – o nome que os astrônomos dão ao material que ainda está em órbita após a construção planetária ter terminado.
Os detritos podem ser gás e poeira, bem como pequenos corpos rochosos e gelados. Podem estar concentrados em cintos de detritos, semelhante ao cinturão de asteroides do sistema solar e ao cinturão de Kuiper – a região para lá de Netuno, onde residem centenas de milhares de objetos rochosos.
Com as novas imagens do SOFIA, Kate Su, da Universidade do Arizona, e sua equipe foram capazes de distinguir entre dois modelos teóricos da localização de detritos quentes, como poeira e gás. Estes modelos foram baseados em dados anteriores obtidos com o telescópio espacial Spitzer da NASA.
Segundo os cientistas, os detritos estão localizados em dois anéis estreitos, que correspondem respectivamente às posições do cinturão de asteroides e à órbita de Urano no nosso sistema solar.
Além disso, medições cuidadas do movimento de Epsilon Eridani indicam que um planeta com quase a mesma massa como Júpiter circunda a estrela a uma distância comparável à distância de Júpiter do Sol.
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