Scott Marr, de 61 anos, foi encontrado inconsciente, mas respirando, na sua cama depois de ter tido um AVC, no dia 12 de dezembro do ano passado.
Levado para o hospital, e após vários exames que diagnosticaram um inchaço cerebral, os médicos concluíram que o americano acabaria em morte cerebral e com pouca esperança de recuperação.
O inusitado aconteceu quando, em acordo com a família, foram desligadas as máquinas de suporte à vida. Scott continuou respirando, depois acordou e se recuperou.
No dia seguinte o desligamento das máquinas, a mulher faltou a um compromisso com o agente da funerária, com quem preparava o funeral, e foi ver o marido no hospital. “Pedi para ele mexer os polegares, e ele os moveu lentamente, depois pedi que mexesse os dedos dos pés, e ele mexeu todos os dedos dos pés um pouco”, disse a mulher, segundo o Independent.
Scott, pai de quatro filhos, já tinha dito explicitamente à família que não queria ser mantido vivo de forma artificial caso alguma coisa lhe acontecesse. “Sempre nos disse que não queria que nós o víssemos deitado em uma cama de hospital, nem em uma casa de repouso”, disse uma das filhas, Preston Marr, em coletiva de imprensa.
“Depois dos médicos nos explicarem que ele estava a caminho da morte cerebral, nos despedimo, tiraram os tubos, desligaram as máquinas e esperamos ao lado dele”, acrescentou Preston Marr.
Exames posteriores revelaram que o inchaço no cérebro, síndrome da encefalopatia reversível posterior, não causa, normalmente, o tipo de inchaço que o paciente tinha.
Rebecca Runge, médica de Scott Marr, disse: “É causada por pressão alta, mas há muitas coisas que podem causá-la. Ficamos preocupados nesse caso que não fosse um processo reversível e que Scott passaria para a morte cerebral”.
Scott, totalmente recuperado, disse que não quer fazer do caso “uma espécie de acontecimento religioso”, mas o acontecimento fez com que fosse apelidado de “homem milagre” pela mídia.
Ciberia // ZAP